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segunda-feira, 6 de março de 2017

Ó zero oito, Ó zero sete.

O dia era o terceiro do mês, e a noite daquela sexta, reservava mais um grande idéia dela, estaria sozinha em sua casa no inicio, até o final da tarde de sábado, e convite nem precisava ter sido feito pra ser aceito.
Esperando o ônibus para passar mais um dia com ela, tinha tudo pra perder o controle dá calma, pois o mesmo atrasara, não o fez, ficou tranquilo. Tempos atrás, queria estar naquela cena, no portão, esperando ela aparecer pelo corredor, atrás da parede da cozinha, no lado externo da casa. Ela apareceu, seu coração se alegrou. Foram ao mercado, novamente estavam juntos discutindo o que comprar pra preparar um almoço, novamente suas mãos estavam juntas enquanto caminhavam pela rua, novamente estava largamente feliz. Mas ainda não aprendeu como parar o tempo, e depois daquele sábado maravilhoso, fazendo, na medida do possível, tudo que amavam fazer juntos, chegara a hora de partir, o Uber os aguardava.
O final de semana não estava completo, havia domingo, havia cinema, e como ele esperava por isso. Foi ao seu encontro, na rua ao lado da sua casa, na rua da casa dele, a viu quando chegou na esquina. Como ela estava linda, mais uma vez. Entrou no carro, e parecia que ele realizara mais um sonho, mais um que sonhou em toda aquela turbulência, porém, mais real que aquele momento não era possível existir.
Estava ela ali, no copiloto, dando as coordenadas obtidas no GPS, falando bastante, é isso o deixava numa paz inexplicável. Nada poderia trazer stress naquele momento tão lindo, tudo era perfeito, nem mesmo o equívoco dos assentos da sala do cinema o fez perder a paz. Abraçados, vendo um filme, sentiu a sensação da realização de um sonho.
Mais maduros, tomavam café numa cafeteria menos badalada que a famosa Starbucks. Ele um expresso forte com muffin, ela um chocolate cremoso com brownie. Seus cuidados um com o outro era admirável, até mesmo pra ele. No almoço, antes da sessão, ele se equivocou e deixou levar pela aparência de um chá de limão e gengibre, pelo o que lhe agrada, tinha tudo pra ser incrível aquele chá, na verdade parecia mais água de valeta. Ela, cuidadosamente, tirou aquele copo com água de calha e lhe ofereceu seu refrigerante de limão, com gelo. Uma cena que ele gostaria de ver de fora, pra querer estar em seu próprio lugar, ver que aquele homem, sentado ao lado daquela Incrível mulher, era naquele momento, alvo da maior sorte do universo, naquele instante.
Chegara a hora em que o dinheiro fez o local oferecer poucas ou nenhuma opção para ainda eles ficarem juntos, e então o rosto de uma amiga, em comum, apareceu na cabeça dele. Ela a convenceu a recebe-los, enquanto lenta e cuidadosamente ele dirigia pela estrada chuvosa, por segurança e por querer mais aquele cafuné, enquanto sua mão caminhava pela perna dela.
A conversa na casa da amiga era naturalmente agradável, tinham desgostos em comum, histórias que os três conheciam, e comentaram juntos, foi novamente, tudo naturalmente agradável, mais que isso, foi incrível. Uma visita não planejada, mas que gerou uma satisfação maravilhosa, e de certa forma, necessária, pois além de a vista a a amiga, era um pretexto pra eles não se separarem antes das 20h daquele domingo.
Uma despedida pouco antes do portão da casa dela, no carro. Era como viver seu sonho em tempo real. Era difícil a despedida, ainda mais naquele momento, onde não havia nenhum encontro marcado entre eles. Mas como já acontecera, naquele sábado, por exemplo, a vida há de cooperar.
Sente a falta dela, ao seu lado, se sente completo.

"All these words I don't just say
And nothing else matters"

sexta-feira, 3 de março de 2017

(a)típica

Acordou com saudades, de qualquer contato. Principalmente um olhar nos seus olhos, da sua mão sobre as suas. Do seu cheiro, do seu cabelo.
É sexta, e sabe o quanto esse dia significa, que se precisar, passara esse também longe dela, mesmo que não seja fácil (e não é).
A situação é compreensível, não há o que ser julgado, não existe possibilidades de ficar chateado, apenas saudades, muitas.
Queria saber se ela esta bem, se ele pode ajudar, pois está sempre disposto a dar seu melhor pra isso. Mesmo que sua ajuda seja mantendo distancia.

Chovia la fora, o tempo esta mais para o frio que para o fresco, era o clima ideal para os gostos dele, não naquele final de semana. Queria o sol, pra aproveitar a piscina no vigésimo sexto andar, ao lado dela e deu skull body. Ambos cuidavam bem da pele, com receio das queimaduras de sol. Da sacada do apartamento, o sol se despedia do final de semana por detrás dos prédios, banhando a cidades com uma cor alaranjada, enquanto ela pedia um jasko. Teria aquilo de novo? Se não, teria aquele pra sempre.
Seus olhos úmidos acompanhavam as doces palavras, demonstrando o sentimento de que não queria ir embora, enquanto aguardavam  os temakis, hot roll e hossomaki, de mãos dadas.
Durante o decorrer daquela quinta-feira, lembrava dos pequenos momentos vividos no final de semana, como aquele restaurante que vendia fatias de pizza na rua Augusta. Uma vontade intensa surgiu, vontade dela, da pizza, da Augusta.


Sexta-feira está ai, e não sabemos o que esperar além de esperar.

"Girl, you know I want your love
Your love was handmade for somebody like me"

quarta-feira, 1 de março de 2017

Todo carnaval tem seu fim

Por onde começar? Bem, essa é uma questão difícil. Aquele final de semana mágico, não será retratado aqui. Aqueles mentos em pouco mais de dois dias, ficarão no coração deles pra sempre, e armazenado visualmente em poucas fotos. 
Vamos falar no que ele sentiu. 
Um abraço frente as catracas do metrô, e ele já poderia ter ido embora alí, já estava absolutamente confortável em seus braços. Não acreditava que ali estavam novamente, um dia antes de completar uma semana que se viram. De novo, no metrô indo a algum lugar juntos. Inacreditável, estava admirado novamente, olhava pra ela com encanto, queria chegar mais perto, segurar sua mão. Tudo tem seu tempo, e foi perfeitamente natural.
Abriu a porta com um cartão magnético, como em Buenos Aires, ainda um pouco desconfortável, acomodou o que desfez de suas malas. Sentados ao sofá, ele queria dizer algo, mas quando pensava nas palavras que usaria, sentia um nó na garganta, e sabia que não conseguiria dar mais que três palavras sem antes a emoção tarde conta. Não se importou, chorou de alegria, e teve abrigo no conforto de seus braços, ele estava em casa e a partir dali, uma felicidade inigualável tocou seu coração. Cada segundo ao lado dela, era como a recarga dessa felicidade, sempre que a olhava nos olhos, sentia o chão se afastar dos seus pés.
Saindo juntos pela primeira vez, após, enfim, ela segurou sua mão. Andando de mãos dadas, na avenida mais charmosa da cidade. Se era um sonho, ele desejava dormir pra sempre. Foram ao mercado juntos e como ele amava isso. Se pegar discutindo o porquê deveriam levar Ajinomoto e não ajisal, pode parecer bobagem, mas esses pequenos momentos foram incríveis. Um de seus amigos, embarcou com eles nessa aventura, e eles estavam fazendo tudo que amavam fazer juntos. Saíram tantas vezes, foram a tantos lugares. Procuraram por algo e não o encontram, até que inacreditavelmente alguém trouxe a eles, no parque Trianon, olhando as aranhas.
Na noite de domingo, tomando um drinks, num trailer na rua Augusta, a chuva abençoou o momento e lavou a alma dele. Mais tarde em "casa" comeram pizza vendo seriado, ele estava completamente confortável, a vontade. Tudo que era simples, amplificava de forma saborosa ao lado dela. 
Enquanto estavam aproveitando os últimos minutos juntos, o rádio tocou aquela canção, e ele só confirmou o que já sabia. É ela que ele quer dividir momentos assim, e também os difíceis pra sempre.
Ela não queria ir embora, ou talvez deixa-lo, foram dividir uma refeição pela última vez naquele carnaval. Tudo foi perfeito, escrito dá melhor e mais natural maneira possível.
Ele foi natural, não forçou nada, na verdade, se segurou pra não deixar que seu amor, e tudo aquilo que ele estava sentindo, o deixasse irritante. Era a última coisa que queria. Ele queria, por pouco mais de dois dias, fugir, com ela, dessa loucura confusa em que eles estão, queria poder fazer ela sorrir, mais do que a fez chorar, mesmo de leve sete anos pra conseguir.
O melhor carnaval de todos os tempo, fez ele sorrir do início ao fim.
Ele a ama.


"I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
Oh, God, it feels like forever"

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Happiness

Amanheceu um novo dia, ensolarado e diferente, é a melhor sexta-feira das últimas sextas feiras, bem como cada dia dessa semana.
A ansiedade o toma, de tal forma, que se pega sorrindo, ao lembrar dela, ou fantasiar o final de semana. São muitas sensações para administrar, e ele quer sentir profundamente cada uma delas. Se pudesse, viveria sentindo-as pra sempre.
Sair com uma mulher incrível assim, é maravilhoso, é inacreditável e mesmo se for a última vez, ele vai entender.
Desejou que o tempo parasse por dois dos dias que passou ao lado dela, hoje ele só quer avançar, como se houvesse um controle pra isso, até momento em que seu coração acelerasse de novo, antecedendo a presença dela.

Era manhã do dia anterior ao de hoje, ele, ainda sob os efeitos de uma quarta-feira, onde a abraçou, onde segurou sua mão, a viu, e ela estava linda, ele percebeu que ela já havia acordado, pelo status do seu aplicativo de mensagens. Quando o celular vibrou, ele de alguma forma, sabia. Sentiu um calor subindo pelas suas costas, rapidamente, ao mesmo tempo, um frio deu as caras na sua barriga. A notificação confirmou, era ela. Leu a mensagem algumas vezes, não sabia o que responder, tentou deixar a pergunta mais clara, fazendo outras duas. A conversa foi se desenrolando e ficando mais clara, a felicidade, que nele habitava, foi deixando seus espaços ainda maiores, de uma forma que faz as pessoas cantar, sorrir sem perceber. Aquele era ele, não o canguru, sentimento mais sincero que aquele é impossível, pediu pra que não acordassem ele, se fosse um sonho, porque era naquele que queria viver. Mas felizmente não é. Conversaram o dia inteiro, combinando, ajustando os detalhes para o final de semana. Ela foi a última pessoa que ele falou, antes de adormecer.
Acordou então para mais um dia. Sentado ao chão do banheiro, enquanto a água corrente passava pelo seu corpo, ficou ali por uns três minutos, olhos cobertos por pálpebras, sentindo a felicidade, como quem sente o sabor de algo incrivelmente delicioso.
Que sensação maravilhosa, ser ajudado, e poder ajudar nesse momento de tanta dor e bagunça, que satisfação, estar, de alguma forma, em sua vida.
Por favor Terra, a partir de amanhã, gire bem devagarinho.

"Happiness hit her 
like a train on a track"

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Mágica

Era quase 18h, e ele aguardava ansioso. Quando finalmente marcou seu ponto comprovando sua saída, "biometricamente", não se importou com a leve chuva que caia sobre sua cabeça. Sentia fome, pois mal conseguiu almoçar. Pediu dois lanches num fast food próximo ao seu trabalho, comeu tão rápido quanto chegara o pedido. Foi ao ponto, pegar um ônibus para o metrô Carrão, que era mais próximo é mais rápido chegar que o Tatuapé. Chegando na estação, ouviu dizer através do sistema de som, que os trens estavam com maiores intervalos. Só podia ser brincadeira, pensou ele.
Havia comprado chiclete na hora do almoço, esqueceu no bolso esquerdo da sua calça jeans. Pouco antes da estação Sé, ela o pediu pra comprar. Ai então, ele lembrou que já tinha. Pegou um. Finalmente, a estação Barra Funda, parecia bloco de rua, no ápice da numerosa presença de pessoas. Sério, só podia ser brincadeira. Quando enfim conseguiu atravessar o mar de gente, foi a passos largos, em direção ao local do evento.
- Homens à direita senhor.
Entrou na esquerda. Voltou e pegou o caminho certo. Sem sinal de internet móvel, ligou para a amiga dela, que a acompanhava, que deu as coordenadas de onde estavam. Ele então, foi na direção. Ela, sentada ao lado da amiga, numa fileira de cadeiras vazias, parecia estar iluminada, pois a viu de longe. Seu coração acelerou. Com o traje tradicional de colação de grau, levantou-se para abraça-lo. Ele ainda não sabia como parar o relógio.
Buscou um refrigerante, pois não foi a melhor das ideias, para seu estômago, comer tão rápido, e andar igualmente veloz. Aproveitou para presentea-la com uma raspadinha, que ela tanto adora, e merecia. 
Disse que estava passando mal, quando já na fila formada para se organizar em seus lugares no palco. Foi até o encontro deles (ele e sua amiga) para tomar uma larga dose de uma espécie de calmante natural. Segurou sua mão enquanto isso. Quanta magia havia naquele momento.
Ele a viu no telão, indo para seu assento, tão linda ao vivo como naquela reprodução digital.
Durante a cerimônia, sentia-se melhor, o que o aliviou. Ele a via de longe, igualmente bela.
Ao fim da cerimônia, encontram-se onde haviam combinado. Ele foi surpreendido com o pedido dela de tirar fotos. Ele acha que conseguiu esconder sua euforia. Mas olhando pra foto, enviado por ela, posteriormente, vê-se um dose extra de felicidade. Abraçaram um ao outro, e o tempo não parou. E de novo, antes de ele, partir para longe dela. Não ouviu seu nome chamado por ela, para um último abraço naquela noite. Dormiu com a dor de saber que aquele que foi o último, poderia ser o antecessor de mais um.
Na volta dele pra casa, na estação antes dá qual ele desceria, e onde seu pai já o aguardava pra levar para casa. Um trem a frente quebrou, ao menos esse foi a informação dá companhia responsável por eles. Só poderia ser brincadeira, mas mesmo assim, nem mesmo isso, foi capaz de tirar o sorriso no rosto dele, que ali estava estampado, desde quando a viu, iluminada na fileira de cadeiras vazias. Foi um dia mágico, sem sombra de dúvidas.

"Tudo vale a pena pra te reencontrar
Me livrei de tudo aquilo e consegui mudar
Tudo que foi feito em troca de uma amizade, mas
Felicidade é poder estar
Com quem você gosta em algum lugar"

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Dias de luta, dias de glória

Quatro anos, que dedicou com muito amor, aos estudos, parte deles dividido entre a universidade e o emprego, tratando do bem estar no dia a dia de animais, principalmente aqueles onde dedicou seu trabalho de conclusão de curso. Soube através delas, aliás, que esse está processo de publicação, incrível. Não era pra menos, o esforço dela, mesmo que sem expectativas de crescimento na área, foi plausível, daqueles que ele nunca teve, até agora.
Oito semestres, sem ter que refazer uma matéria sequer, já ele, levou o dobro do tempo.
Hoje, é o dia da tradicional colação de grau, e tradicionalmente entediante. Ele foi convidado, numa quarta feira de futebol, o que faria ele então, dormir e acordar ansioso, pra isso? Ver o esforço de alguém, principalmente quem gosta, ser compensado, vê-la chegar ao final, de algo tão árduo, não tem preço, ou horário que faça desmotivar. O fato de estar presenciando, mesmo que ela um pouco desanimada com a realidade da área, sua conquista, é algo maravilhoso. Não há sentimento que se difere de ansiedade e orgulho. Que mulher. 
Seu futuro será brilhante, não há como não ser assim, diante do talento que ela dispõe. Talento esse em vários aspectos, pessoal e profissional. Ele a admira de tal forma, e se espelha nela, isso foi provado, quando ele perdeu sua avó. Não existe ninguém que não tenha algo a ensinar, e com ela, ele tem muito a aprender.
Que chegue logo a hora, de vê-la, aplaudi-la, de parabeniza-la, de abraça-la. Não vê a hora.

"Do I wanna know
If this feeling flows both ways?"

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Reencontro

12h58 e ela apareceu, ele ja estava lá, onde marcaram o encontro há 9 minutos. Ela era pontual com o Big Ben, ele amava isso.

Sábado, voltara do dentista, não sem antes passar no mercadão do município pra comprar um yakissoba. O calor era forte, seus pais foram relaxar na piscina do clube, estava novamente sozinho.
Queria não estar em casa, queria algo diferente naquele final de semana, na sua cabeça, a imagem de uma mulher apareceu forte. Seu coração então, gritava, dizendo para chama-la pra sair. Mandou mensagem, e se arrependeu, logo após o envio. Pediu desculpas e também pra que ela não respondesse. Respondeu. Sua insegurança não o deixava fazer o convite, seu coração falou mais alto, e fez, ouviu o que esperava e que era compreensível, "não". Minutos depois, ela o perguntou o que havia pensado em fazer, e ele respondeu com a metade do que tinha pensado. Caiu sobre ele escolher um, e escolheu. Applebee's, shopping Eldorado, onde tinham algo a ser feito, realizado. Ela, então respondeu com um "ta bem".
 - Ta bem? 
Perguntou ele.
- Sim
Respondeu
- Isso é um sim de: Vamos?
- Sim
- Sério?
Ele não acreditava
- Serio
- Quando?
"Resposta clássica".

Nesse instante, sentiu o tradicional sintoma físico de nervosismo e ansiedade.
O "não" ele ja tinha, e continuou com ele, até o "ta bem".
Seu domingo, era normalmente preguiçoso, parado, e esse foi bastante cansativo, e ainda mais prazeroso. Faria isso, toda semana, se pudesse.

Quando a viu, queria pular a catraca do metrô e correr para seus braços, elas estava do outro lado, mas precisava ser contido, precisava manter suas emoções controladas. Um sorriso, e um abraço, queria estar ali pra sempre. Segurou sua mão, e sentiu uma paz indescritível, com a tristeza de saber que havia um prazo de validade.
Passaram quase 12 horas juntos, alegre, sem pressão, eram apenas duas pessoas que se conhecem bem, que estão feridas, se ajudando, se divertindo. Cada olhar dele, era como olhar uma miragem, as vezes precisava toca-la pra saber que mesmo que acabasse a noite era real, e era muito real, inacreditável, estar ali, ao lado dela, fazendo-a sorrir, isso é uma das melhores coisas que ele faz na vida, e ama isso. Aproveitou cada segundo, cada conversa, cada toque. Queria que o tempo parasse, mas não pode. Então gravou a imagem daquele dia em seu coração, e nunca ira apagar. Ela é linda, carinhosa, atraente. É a melhor companhia que ele pode ter em meio a aproximadamente 7,125 bilhões de pessoas. Como pode gostar tanto da presença dela? Como pode sentira tanta falta, e tanta saudade?
Como disse, ele não ficaria decepcionado, ficou com o coração alegre, foi tudo melhor do que poderia imaginar. Ela sabe como faze-lo feliz. E ele espera profundamente te-la feito igualmente.
Se fechar os olhos, consegue sentir seu corpo o abraçando.
Ele não para de olhar para seu pulso esquerdo.

"Eu, quero que teu ônibus demore e quando ele vem meus olhos ficam como os do Wall-e"

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Ainda é 2017

Acordou de manhã, na verdade um pouco mais tarde, pois tinha consulta médica como em toda terça, com exceção na passada, pois foi buscar o passaporte. Estava ele um pouco, digamos, desapontado, por estar acordado sem ter sonhado a noite. Nenhum sonho, nem mesmo com ela. Como de costume, olhou seu celular, procurando notificação com seu nome, não encontrou, o que é perfeitamente normal, e então disse em voz baixa:
- Falta muito pra 2032?

Passando pela avenida Pires do Rio, sentido metrô Itaquera, lembrou do primeiro dia do ano, a tarde onde foram atrás de algum mercado aberto para fazer o que tanto gostavam: cozinhar juntos. Mas como dito, já era a tarde e só encontraram uma padaria aberta. Se contentaram com um lanche e cerveja. Que estavam ótimos, aliás. Ele pensou que não devia ter deixado isso pra trás também, eles sempre adoraram cozinhar. Devia ter feito aquele hambúrguer que prometeu e não poderá cumprir.
Queria cozinhar com ela pra sempre.


"Keep me in your memory
Leave out all the rest"

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

"Sextou"

Sexta-feira, antes motivo de alegria e ansiedade, de encontrar-se nos olhos dela. De ser seu lugar pra retornar, de seu colo ser o lugar dela, com tanto pra contar e ouvir. Dia de começar um final de semana juntos, de planejar e não fazer, dia de dormir juntos.
Hoje, esses dias não passam de um amplificador de dor e angustia. De ter que ficar na esperança de receber um “oi”, ainda mais que nos outros. De se trancar no quarto, alternando entre coisas que não lhe dão satisfação, de olhar suas fotos ainda no seu quarto, e dizer em voz baixa: “Queria que você estivesse aqui. Ou me deixasse estar ai, seja lá onde você está.”
Ainda guarda a cerveja dela, na geladeira. Uma Sol que comprara, junto de uma Heineken que ele tomou ao seu lado, vendo “Largados e pelados” no Discovery Channel, fumando narguile, no dia 30 de dezembro de dois mil e dezesseis. Lembra dela sempre que abre a geladeira (E ele faz muito isso, desde sempre), e espera um dia que ela possa abrir aquela tampinha, e lembrar de quando eles as colecionavam.
Geralmente, nesse dia, a luta contra a vontade de mandar mensagem fica ainda pior, e sente que tem lutado também contra a vontade de chama-la no portão de sua casa. Lutar contra suas vontades é difícil, pior ainda quando são as vontades do seu amor por alguém, e impossível lutar contra o coração.
Continuar lutando contra aquilo que pode, é o que fará (mesmo que um e-mail seja enviado, só pra ela saber que ainda, ele esta lá).

Amanhã estará sozinho novamente, no dentista, mas preferia estar com ela, em outro país.

Ele a ama, incontrolavelmente.
Demorou a perceber, que na há nada que ame mais, que sua parceira. 

Quanta dor cabe num peito
Ou numa vida só?

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Green Hope

Seu celular notifica que há algo que deve ser visto, um led, pequeno, delicado verde (sua cor favorita), brilha no canto superior direito, por detrás da película protetora de vidro. Toda vez, a mesma expectativa: encontrar o nome dela centralizado na notificação, mais uma vez, decepção. No bolso, uma reação se repete sempre que o sente vibrar, uma sensação de calor subindo pelas suas costas com duração de aproximadamente um segundo.
Não importa se o sistema de notificação do celular, mostra que deve olhar seu aplicativo de mensagem, se é no e-mail ou ate mesmo atender uma ligação, ele sempre tem a mesma esperança.
Recebeu um par de notas de voz dela, numa conversa tensa, ouve quase todas as noites, sente a mescla de dor com uma felicidade inexplicável.
"...E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário.
- Steve Jobs
"Cause all of me
Loves all of you"