Por onde começar? Bem, essa é uma questão difícil. Aquele final de semana mágico, não será retratado aqui. Aqueles mentos em pouco mais de dois dias, ficarão no coração deles pra sempre, e armazenado visualmente em poucas fotos.
Vamos falar no que ele sentiu.
Um abraço frente as catracas do metrô, e ele já poderia ter ido embora alí, já estava absolutamente confortável em seus braços. Não acreditava que ali estavam novamente, um dia antes de completar uma semana que se viram. De novo, no metrô indo a algum lugar juntos. Inacreditável, estava admirado novamente, olhava pra ela com encanto, queria chegar mais perto, segurar sua mão. Tudo tem seu tempo, e foi perfeitamente natural.
Abriu a porta com um cartão magnético, como em Buenos Aires, ainda um pouco desconfortável, acomodou o que desfez de suas malas. Sentados ao sofá, ele queria dizer algo, mas quando pensava nas palavras que usaria, sentia um nó na garganta, e sabia que não conseguiria dar mais que três palavras sem antes a emoção tarde conta. Não se importou, chorou de alegria, e teve abrigo no conforto de seus braços, ele estava em casa e a partir dali, uma felicidade inigualável tocou seu coração. Cada segundo ao lado dela, era como a recarga dessa felicidade, sempre que a olhava nos olhos, sentia o chão se afastar dos seus pés.
Saindo juntos pela primeira vez, após, enfim, ela segurou sua mão. Andando de mãos dadas, na avenida mais charmosa da cidade. Se era um sonho, ele desejava dormir pra sempre. Foram ao mercado juntos e como ele amava isso. Se pegar discutindo o porquê deveriam levar Ajinomoto e não ajisal, pode parecer bobagem, mas esses pequenos momentos foram incríveis. Um de seus amigos, embarcou com eles nessa aventura, e eles estavam fazendo tudo que amavam fazer juntos. Saíram tantas vezes, foram a tantos lugares. Procuraram por algo e não o encontram, até que inacreditavelmente alguém trouxe a eles, no parque Trianon, olhando as aranhas.
Na noite de domingo, tomando um drinks, num trailer na rua Augusta, a chuva abençoou o momento e lavou a alma dele. Mais tarde em "casa" comeram pizza vendo seriado, ele estava completamente confortável, a vontade. Tudo que era simples, amplificava de forma saborosa ao lado dela.
Enquanto estavam aproveitando os últimos minutos juntos, o rádio tocou aquela canção, e ele só confirmou o que já sabia. É ela que ele quer dividir momentos assim, e também os difíceis pra sempre.
Ela não queria ir embora, ou talvez deixa-lo, foram dividir uma refeição pela última vez naquele carnaval. Tudo foi perfeito, escrito dá melhor e mais natural maneira possível.
Ele foi natural, não forçou nada, na verdade, se segurou pra não deixar que seu amor, e tudo aquilo que ele estava sentindo, o deixasse irritante. Era a última coisa que queria. Ele queria, por pouco mais de dois dias, fugir, com ela, dessa loucura confusa em que eles estão, queria poder fazer ela sorrir, mais do que a fez chorar, mesmo de leve sete anos pra conseguir.
O melhor carnaval de todos os tempo, fez ele sorrir do início ao fim.
Ele a ama.
"I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
Oh, God, it feels like forever"