Sempre fora supersticioso, sabia disso. Faz promessas e as cumpre. Levanta todos os dias com o pé direito, pisando com ele no tapete do lado de sua cama, tomava impulso, e pisava descalço ao chão com o mesmo pé. Não passa, jamais, embaixo de escada. Sinal da cruz três vezes após derrubar uma faca. Não deixa calçados com a sola apontado ao céu. Não dorme com os pés apontados para a rua. Lê seu horoscopo sempre que pode, e o dela também.
Descobriu há pouco mais de um ano, o zodíaco chinês, e pra essa crença, não deu muito valor. Leu sobre o ano do macaco, com inicio no final de janeiro de 2016. Um ano que falava que seria o ano de mudanças, ano de colheitas, que amadureceriam tudo aquilo que fora plantado. A principio, estava confiante, precisa de mudanças. Não podia estar mais enganado. Suas sementes plantadas, foram amargas. Em resumo, perdeu seu cão, brutalmente, com a mesma doença e de forma ainda mais rápida, sua amada avó de foi. Pensou que uma oportunidade de emprego incrível tinha aparecido. Foi enganado. Brigou com seu pai, mais uma vez. Passou o ano novo, pela primeira vez em quase um quarto de século sem seus pais. No chão, derrotado, uma mão lhe foi estendida, mais uma vez, afinal, essa mão sempre esteve ali, mesmo que ele a tratasse com desdém. Caiu na real, viu que a mudança precisava iniciar. Mas o macaco avisou, e trouxe a colheita da safra final. Perdeu o que havia lhe restado.
O macaco se foi e a poeira esta baixando, sobre suas cabeças agora o reflexo do galo de ouro, que deu o ar da graça pela ultima vez em 1993, quando ele completara seu primeiro ano de vida. O ano, pra ele começa agora, ainda sob as mudanças que o macaco deixou claro ser necessárias, ele busca prosperidade e acima de tudo, recomeço. É tempo de se reorientar, voltar a linha e seguir, seguro e firme, de tomar decisões importantes, de ser mais seguro, responsável, de respeitar de verdade, acima de tudo, qualquer pessoa e opinião. Principalmente aqueles que ele ama, e que amam ele.
2016 foi um ano de mudanças ao deu redor, 2017, de mudanças no seu interior, o processo segue firme e forte, esse ano, está otimista.
"Saudades dos nossos sorrisos, de estar bem com tão pouco"
- Falta, de Pense
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domingo, 29 de janeiro de 2017
sábado, 28 de janeiro de 2017
Canguru
Não é fácil esconder sua dor, fingir que tudo está indo bem, sabendo que longe disso está.
O pensamento de como será a noite de sábado, tomou sua mente nos últimos dias. Sair sem ela já era estranho, desconfortável, ir para um show, onde jamais foi só? Impossível imaginar, acredite, ele tentou. Também tentou recordar a ultima vez que esteve sozinho em shows, não lembrou. Sua memória não ajudara, pior ainda depois de tanto tempo. Sabia que haviam dois caminhos a seguir, o da "liberdade" de poder fazer o que quisesse, ficar onde bem entendesse, beber o quanto aguentasse. Ou o da solidão, de se sentir só, em meio a tanta gente, de não ouvir nada, em meio a tanto barulho, e saber que em meio a tantos pares de mãos, o único que queria sentir não estaria lá. Dentre esses caminhos, o primeiro, reflete boa parte da sua vida, que consiste em fingir que tudo está bem, e não querer enxergar o que sabe que está errado, a ilusão. No segundo, a aceitação, o processo de sofrimento, ligado ao de mudança, encarar a realidade de como será tudo daqui pra frente, de ver todo mundo, e não vê-la, é estar sozinho, em meio a multidão.
Não é fácil ser o canguru, tentar sorrir e responder "sim" quando perguntam se está tudo bem, tentar fazer piadas "não prontas" nos momentos oportunos. "Só vão saber da minha dor, quando eu não aguentar mais", pensou. Impossível, pois seu abrigo dentro do marsupial forte, imponente, não esconde a tristeza que carrega no olhar.
Pensou que veria duas de suas grandes amigas, duas que sempre a apoiaram, e são mais duas testemunhas de como ele a tratava mal. Pensaria elas que foi bem feito? merecido? que aquele olhar distante, vazio que ele carrega é um fardo justo?. Ou lamentariam? desejariam que fosse diferente? Nunca saberá.
No caminho de volta pra casa do trabalho na sexta-feira, encontrou sua irmã no trem, também voltando, encontro que ocasionalmente acontecia uma ou duas vezes por semana. Junto a ela, uma amiga, desde a época da faculdade, trabalham juntas. O assunto entre elas, é sempre o mesmo: trabalho e casamento. O de sua irmã estava marcado para setembro. Ele foi convidado a padrinho, junto com ela, madrinha. Quieto, e econômico nas palavras, apenas respondia o que lhe era direcionado. Como quando a amiga de sua irmã, o questionou se estava preparado para ser padrinho, respondeu que ainda tinha tempo para estar, a amiga de sua irmã retrucou, dizendo que o tempo passa rápido, e que logo, ele seria cobrado para casar. Ela não sabia, sua irmão não havia lhe falado. Acho que é isso que chamam de gafe. Para ele, dor, forte. O clima pesou, ainda mais.
Na sexta-feira a noite, nada que tentara fazer para esquivar seus pensamentos dela dava resultados, então desistiu de tentar, e colocou para assistir, o filme que ela indicou, quase desistiu quando descobriu o tratamento que o filme abordava, de apagar a pessoa desejada de sua memória, mas resistiu, só pra ver como acabaria, acabou com ele.
Ao menos distraiu-se de tentar contato, ele gostaria muito disso. Pensou que não seria má ideia se ela viesse questionar algo, via mensagem, que seja. Ao menos falaria com ela.
Foi se arrumar para sair, ser novamente o canguru.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
True Love
Sometimes I hate every single stupid word you say
Sometimes I wanna slap you in your whole face
There's no one quite like you
You push all my buttons down
I know life would suck without you
At the same time I wanna hug you
I wanna wrap my hands around your neck
You're an asshole, but I love you
And you make me so mad I ask myself
Why I'm still here, or where could I go?
You're the only love I've ever known
But I hate you
I really hate you, so much
I think it must be
True love, true love
It must be true love
Nothin' else can break my heart like true love
True love, it must be true love
No one else can break my heart like you
Just once try to wrap your little brain around my feelings
Just once please try no to be so mean
Repeat after me now r-o-m-a-n-c-e-e-e
Come on I'll say it slowly (romance)
You can do it babe
At the same time I wanna hug you
I wanna wrap my hands around your neck
You're an asshole, but I love you
And you make me so mad I ask myself
Why I'm still here, or where could I go?
You're the only love I've ever known
But I hate you
I really hate you, so much
I think it must be
True love, true love
It must be true love
Nothin' else can break my heart like true love
True love, it must be true love
No one else can break my heart like you
I think it must be love (I love you)
I think it must be love (I love you)
Why do you rub me up the wrong way?
Why do you say the things that you say?
Sometimes I wonder how we ever came to be
But without you I'm incomplete
Oh, I think it must true love (it must be), true love
It must be true love (it must be)
Nothin' else can break my heart like true love (it must be)
True love, it must be true love (it must be)
No one else can break my heart like you (like you)
No one else can break my heart like you, like you
No one else can break my heart like you
Sometimes I wanna slap you in your whole face
There's no one quite like you
You push all my buttons down
I know life would suck without you
At the same time I wanna hug you
I wanna wrap my hands around your neck
You're an asshole, but I love you
And you make me so mad I ask myself
Why I'm still here, or where could I go?
You're the only love I've ever known
But I hate you
I really hate you, so much
I think it must be
True love, true love
It must be true love
Nothin' else can break my heart like true love
True love, it must be true love
No one else can break my heart like you
Just once try to wrap your little brain around my feelings
Just once please try no to be so mean
Repeat after me now r-o-m-a-n-c-e-e-e
Come on I'll say it slowly (romance)
You can do it babe
At the same time I wanna hug you
I wanna wrap my hands around your neck
You're an asshole, but I love you
And you make me so mad I ask myself
Why I'm still here, or where could I go?
You're the only love I've ever known
But I hate you
I really hate you, so much
I think it must be
True love, true love
It must be true love
Nothin' else can break my heart like true love
True love, it must be true love
No one else can break my heart like you
I think it must be love (I love you)
I think it must be love (I love you)
Why do you rub me up the wrong way?
Why do you say the things that you say?
Sometimes I wonder how we ever came to be
But without you I'm incomplete
Oh, I think it must true love (it must be), true love
It must be true love (it must be)
Nothin' else can break my heart like true love (it must be)
True love, it must be true love (it must be)
No one else can break my heart like you (like you)
No one else can break my heart like you, like you
No one else can break my heart like you
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Ela
Afinal, como ela é, aos olhos dele?
O que teria ela de tão especial, a ponto de criar todas essas sensações nele?
Bom, sem exagero, teríamos de ser detalhista como os livros de J.R.R. Tolkien, mas essas particularidade ele leva no seu coração, e é dele.
Tinha cabelos artificialmente loiros, quando mais nova, tratava-os com mais atenção, teve que abrir mão de alguns cuidados por outras prioridades. Mais recentemente, mudou o estilo, adotando as luzes ao invés de tingimento da raiz às pontas, ficou ainda melhor.
Seu nariz é engraçado, você o nota-o quando a conhece, mas acostuma e vê que não é de se criticar. Uma de suas orelhas possui marca de um piercing que colocará antes de conhece-lo, e decidiu tirar com o tempo, convenhamos, já não era tendencia.
Tem três tatuagens, na coxa, um elefante imponente, robusto e belo, batizado de Marfino, No final do antebraço, oposto ao punho, uma mandala, que deve ter doído horrores, ela jura que nem tanto. Na costela, a frase "Bury all your secrets in my skin", trecho da letra da musica Snuff, do Slipknot, banda favorita dele, desde sempre. Brincava ele que essa ultima era de cadeia, e que tinha coloração verde. Era apenas brincadeira, ela é linda em seu corpo, e a fonte é impecável. Essa ela assume que doeu.
Suas mãos, ele faz uma pausa para tentar senti-la tocar sua pele, sempre que lembra dela, mais macias que o pãozinho egg sponge da Panco, e acredite, o cheiro de sua pele é ainda melhor. Mãos essas que são pequenas, desenhadas com perfeição, "rechonchudas" ideias para dar formas às coxinhas. Devia ser ótima com massinhas de modelar, quando criança.
Sua pele, como dito, tinha seu cheiro próprio, único, um perfume que ampliava quando deitada ao seu lado, principalmente nos dias de frio. Há várias pintas pelo seu corpo, uma até em formato de coração, outras que juntos parecem formar um objeto geométrico, parecidas com as que ele tinha.
Suas coxas são grossas, não exageradas, perfeitas, lindas, com uma textura inexpressável. Até sua canela (sim, acredite) é incrivelmente bonita.
Tem curvas acentuadas, perigosas, rodeadas por paisagens que te fazem perder o rumo, o se encontrar de vez.
Seu alargador deve ter hoje 6mm, considera ideal entre 6 e 10mm, mas mesmo que fossem 4 ou 12mm ainda sim, seria ótimo.
Seus dentes, alinhados por aparelhos, eram pequeninos no tamanho, grandes na beleza. Um canino fugia levemente desse alinhamento, nada demais. Ele sempre comentava, ela sempre negava.
Seus lábios, macios, grossos, sem exagero, que fazem um estrago no coração dele quando de batom vermelho, ou mate bem escuro, apeser de o encantar de qualquer forma. Só sentia-se chateado pois queria beija-la a todo momento, mas assim também coloraria os seus, que são bem menores.
Suas roupas variavam de menina adolescente, a mulher imponente, ele adorava o estilo levemente hippie dela, saia longa, blusinha mostrando seus ombros sutilmente largos, chinelos havaianas, ou até mesmo a sapatilha que ganhara de sua avó.
Um perfume melhor que outro, mas dois, são incomparáveis, com qualquer mulher, de qualquer lugar do mundo. Chanel Nº5, puta que pariu, e o enigmático, clássico e inigualável, Sole mio, de Paris, um misterioso cheiro que, em seu pequeno tapetinho onde ganhou kinder ovos em uma páscoa, pode sentir o cheiro até hoje. Inigualável. Iria à França para presenteá-la, agora que já não há superstição.
Seu quadril era desenhado milimetricamente entre as linhas da perfeição, há quem ache largo, ele? Divino!
Quando bem humorado, e na medida certa, conseguia um sorriso sincero dela, suas bochechas avermelhavam e forçavam suas pálpebras inferiores para cima, deixando espaço apenas para o brilho dos olhos, e quando ria assim, colocava a mão sobre a boca, tentava fazer silêncio, forçava, e fechava os olhos, enquanto presa em seu corpo, a alegria que tentava sair fazia sua barriga vibrar, chegou a derramar lágrimas de tanto rir.
Quando na postura de ataque, preparada para dar murros, cerrava seus punhos e ao invés de apoiar seu polegar no dedo do meio, fazia um "joia" e descia esse polegar como quem aperta um botão, ele amava isso, e sempre reparava.
As vezes sentada no sofá, comia unhas e cotículas, deixando cair vestígios desse mau habito em seu tórax, isso nunca o incomodou, exceto pelo fato que de assim, suas unhas não cresceriam. Hoje, percebe que isso era um exagero.
Adorava quando ela o chamava de "maluco!", quando "brava", lançava um "ah é!" antes do nome dele, isso lembrava muito quando na escola ela estava.
Sempre foi péssima em vídeo game, tem lá seus grandes feitos no Kinect, mas com o Joystick na mão, era o oposto dele, entretanto, não foi assim em todo tipo de jogo. Os de tabuleiro, por exemplo, era surreal sua habilidade. De invejar quaisquer que fora seus oponentes no "imagem & ação", exceto pelos eternizados: touca/toca (onde confundira um ao outro) e Meridiano de Greenwich. Suas habilidades em cartas também eram notáveis, principalmente em Poker. Ele amava ser seu dealer, ver sua dama blefar, ou derrubar cada adversário com uma mão poderosa. As vezes pareciam ter o martelo de Thor, Deus do trovão, apenas com 2 cartas. Era estrategista, mas não muito lógica.
Atenciosa como ele nunca fora. Sempre disposta a ajudar sem esperar algo em troca, carinhosa, talvez alguns pontos percentuais a menos que ele, talvez. Preocupada com o meio ambiente, assim como ele. Amadora feroz dos animais, sim, muito. Um exagero conveniente.
Artista, dotada de um talento criativo encantador, resolveu mais rápido que o tempo de preparo de um miojo, o nome de uma coruja da campanha publicitária do trabalho dele, o Sabino. Foi escolhido com votação unanime, aliás. Dona de desenhos que sempre tirou seu folego, suas criações de rostos com cílios exagerados no tamanho e na beleza, sempre o faziam pensar "é disso que eu estou falando". Seu sucesso é questão de tempo. Na mesa do computador dele, há um par de olhos desenhados num pequeno pedaço de papel, dizendo: "I can't take my eyes of u", um rabisco encantador, mais um, por sinal.
Ainda há muito conteúdo sobre ela, que o guardará em seu coração.
Mas quis citar apenas mais um.
Não precisam ser azuis ou verdes pra chamar a atenção, precisam ser belos, e transmitir os seus mais diversos pensamentos, tem que penetrar, através da janela da alma de outra pessoa, faze-lo sentir onde sua espinha termina.
Seus olhos são o que de mais excepcional seu corpo tem, castanhos escuros, grandes, brilhantes e fatais. Ampliado era sua beleza quando contra a forte luz, ou a escuridão, curiosamente esse brilho era incrível em ambas situações. Seus olhos sempre transmitiram variadas energias, na maioria delas, o fortaleceu. Porém nas ultimas, o estremeceu.
Tem claro em sua cabeça cada detalhe do corpo dela, suas imperfeições que equilibravam, e o fazia lembrar de que ela é uma mortal, não de fato uma Deusa. Pode vê-la quando fecha os olhos, com pouca concentração, sente seu cheiro, mas não seu toque. Não sentiria mais.
Mucho gusto
Três anos atrás, Buenos Aires, Argentina, Hotel Two, duas quadras da avenida 9 de julho, a principal da capital, era tido por eles como "nossa casa", os abrigou por noites incríveis, os deu onde descansar depois de um sonho dele realizado, aliás mais um, o Hard Rock Café, onde ela conheceu Mariano, um barman guapo, onde comeram as melhores coxas de frango on the barbie de todos os tempos, onde assistiram, no balcão do bar, o primeiro El clássico do ano, Boca x River, vencido pelos "millionarios", que era a preferência dele. Ouviram de Bob Marley a Metallica, tomaram Quilmes, drinks exóticos, o dela numa taça longa, bem viril, o dele numa taça de Martini, com uma cereja, acreditaram que estavam trocados, mas não. Tiraram fotos clichês de turista (as guarda até hoje), e foi maravilhosamente agradável, voltaram pra casa embriagados, de táxi, sem lembrar o endereço do hotel, mas segundo as crenças, Deus olha pelas crianças e bêbados, chegaram bem à "sua casa".
Um translado pela cidade, passando pelo místico estádio de La bombonera, parando na casa rosada, próxima a igreja de Buenos Aires, de onde saiu o atual Papa, na faculdade de direito da cidade, foto clichês na flor metálica. O famoso e histórico Caminito, berço da tradicional dança de tango. A arquitetura européia, era de arregalar aqueles belos olhos. Na volta, antes do desembarque na feirinha tradicional, onde compraram souvenires pra amigos e familiares, foram lhe oferecidos uma montagem de ambos, como dançarinos de tango, não pensou e aceitou a oferta 100 pesos argentinos, menos de R$20,00, muito bem pagos por sinal, uma moldura que levara para sempre consigo, junto com um CD, contendo as mais famosas canções nacionais que embalavam aquela dança que artificialmente dançavam, a frente do Caminito. Voltaremos a falar dessa foto mais pra frente, pois agora seguimos com eles de van para Luján, cidade ao lado, famosa por seu polêmico zoológico, onde se podia entrar em jaulas de felinos, acaricia-los, bem como dromedários e elefantes, lhamas e por que não pôneis. Cada fila era uma ansiedade, pois criava um medo que antes não havia, pelo menos ele sentia-se assim, mas não poderia demonstrar, tinha que ser forte para ela não desistir, precisava mostrar que sua mão estava ali para ser segurada, e havia de ter firmeza. As 14h foram visitar um tigre branco, sua Tatuagem chamou a atenção dos tratadores, um elefante perfeito, na coxa, desenhado por um peruano que atua no Brasil, pensou como tinha sorte de namorar com aquela dama. Na jaula do leão, onde já haviam passado, ele conseguiu leite, numa garrafa de 600ml de Coca cola, e deu na boca do rei da savana, ficou paralisado com a beleza do animal, devia ter oferecido a oportunidade a sua amada, mas ela o fez antes de ele sair daquele transe, e tomou para si a garrafa e aquele momento histórico. Nada vai apagar, nada vai faze-lo esquecer os momentos naquele zoo, com ela, com os animais, com ela. Ela.
Tomaram sorvete de doce de leite no McDonald’s, comeram num restaurante chamado Flórida, o famoso bife de chorizo, com um molho estilo vinagrete com chimichurri cuja receita permanece um mistério entre eles até hoje. Tomaram a mundialmente famosa cerveja mexicana Corona pela primeira vez, foram ao mercado, compraram Carlsberg, coca cola da lata verde, que chegaria ao Brasil tempos depois, assim como a batata Lay’s.
Falavam em morar naquele país, onde era tudo diferente apesar de similar, olhar aquele obelisco ao lado dela todo dia não seria nenhum sacrifício, seria um prazer diário. Andaram bastante pela cidade, viram muita coisa, mas há mais a ser visto.
A cidade de Buenos Aires na Argentina, tem uma beleza única, inspirada nos seus colonizadores em cultura e arquitetura. As pessoas são fechadas, porém educadas, você respira a história que ela exala a cada esquina, é incrível. Impossível qualquer pessoa que tenha visitado e não tenha se sentido encantado, porém, de todos os turistas que por lá passaram ele foi o único que teve algo que deixasse tudo ainda mais incrível, toda beleza foi amplificada, até no simples ato de atravessar a rua. A sua mulher, sua dama, seu porto seguro, fez com que tudo fosse melhor, tudo fosse ainda melhor.
Três anos depois, olha pra foto na moldura e se sente vazio, sujo, como poderia ter aberto mão daquilo, como pode deixar que alguém que o fazia tão bem, esteja se sentindo tão mal? Como ousa? Tentou tirar de sua vista tudo que o fizera sofrer com lembranças, desistiu rapidamente, pois para não lembrar, teria que não existir, somente assim. Deixou as fotos onde estão, e as deixará, junto com os bilhetes colados ao fundo do guarda roupas, como a muda de cabelo que ela deu a ele, muda essa que era de teste de coloração. Ao menos nas fotos, pode vê-la sorrir, alias, que belo sorriso. Pode ainda ver a si mesmo, como um homem bom, puro, amoroso, o que não era nem sobra daquele que foi na reta final da faculdade. Hoje, indigna-se com o destrato de um casal, principalmente aqueles que ele cometeu. Como pode estar tão cego, a ponto de cometer tais erros?
Está em processo pra ser um homem ainda melhor que fora, para que se um dia tiver que acontecer, Buenos Aires possa recebe-los ainda melhor.
Sente falta dela, cada dia mais.
Um translado pela cidade, passando pelo místico estádio de La bombonera, parando na casa rosada, próxima a igreja de Buenos Aires, de onde saiu o atual Papa, na faculdade de direito da cidade, foto clichês na flor metálica. O famoso e histórico Caminito, berço da tradicional dança de tango. A arquitetura européia, era de arregalar aqueles belos olhos. Na volta, antes do desembarque na feirinha tradicional, onde compraram souvenires pra amigos e familiares, foram lhe oferecidos uma montagem de ambos, como dançarinos de tango, não pensou e aceitou a oferta 100 pesos argentinos, menos de R$20,00, muito bem pagos por sinal, uma moldura que levara para sempre consigo, junto com um CD, contendo as mais famosas canções nacionais que embalavam aquela dança que artificialmente dançavam, a frente do Caminito. Voltaremos a falar dessa foto mais pra frente, pois agora seguimos com eles de van para Luján, cidade ao lado, famosa por seu polêmico zoológico, onde se podia entrar em jaulas de felinos, acaricia-los, bem como dromedários e elefantes, lhamas e por que não pôneis. Cada fila era uma ansiedade, pois criava um medo que antes não havia, pelo menos ele sentia-se assim, mas não poderia demonstrar, tinha que ser forte para ela não desistir, precisava mostrar que sua mão estava ali para ser segurada, e havia de ter firmeza. As 14h foram visitar um tigre branco, sua Tatuagem chamou a atenção dos tratadores, um elefante perfeito, na coxa, desenhado por um peruano que atua no Brasil, pensou como tinha sorte de namorar com aquela dama. Na jaula do leão, onde já haviam passado, ele conseguiu leite, numa garrafa de 600ml de Coca cola, e deu na boca do rei da savana, ficou paralisado com a beleza do animal, devia ter oferecido a oportunidade a sua amada, mas ela o fez antes de ele sair daquele transe, e tomou para si a garrafa e aquele momento histórico. Nada vai apagar, nada vai faze-lo esquecer os momentos naquele zoo, com ela, com os animais, com ela. Ela.
Tomaram sorvete de doce de leite no McDonald’s, comeram num restaurante chamado Flórida, o famoso bife de chorizo, com um molho estilo vinagrete com chimichurri cuja receita permanece um mistério entre eles até hoje. Tomaram a mundialmente famosa cerveja mexicana Corona pela primeira vez, foram ao mercado, compraram Carlsberg, coca cola da lata verde, que chegaria ao Brasil tempos depois, assim como a batata Lay’s.
Falavam em morar naquele país, onde era tudo diferente apesar de similar, olhar aquele obelisco ao lado dela todo dia não seria nenhum sacrifício, seria um prazer diário. Andaram bastante pela cidade, viram muita coisa, mas há mais a ser visto.
A cidade de Buenos Aires na Argentina, tem uma beleza única, inspirada nos seus colonizadores em cultura e arquitetura. As pessoas são fechadas, porém educadas, você respira a história que ela exala a cada esquina, é incrível. Impossível qualquer pessoa que tenha visitado e não tenha se sentido encantado, porém, de todos os turistas que por lá passaram ele foi o único que teve algo que deixasse tudo ainda mais incrível, toda beleza foi amplificada, até no simples ato de atravessar a rua. A sua mulher, sua dama, seu porto seguro, fez com que tudo fosse melhor, tudo fosse ainda melhor.
Três anos depois, olha pra foto na moldura e se sente vazio, sujo, como poderia ter aberto mão daquilo, como pode deixar que alguém que o fazia tão bem, esteja se sentindo tão mal? Como ousa? Tentou tirar de sua vista tudo que o fizera sofrer com lembranças, desistiu rapidamente, pois para não lembrar, teria que não existir, somente assim. Deixou as fotos onde estão, e as deixará, junto com os bilhetes colados ao fundo do guarda roupas, como a muda de cabelo que ela deu a ele, muda essa que era de teste de coloração. Ao menos nas fotos, pode vê-la sorrir, alias, que belo sorriso. Pode ainda ver a si mesmo, como um homem bom, puro, amoroso, o que não era nem sobra daquele que foi na reta final da faculdade. Hoje, indigna-se com o destrato de um casal, principalmente aqueles que ele cometeu. Como pode estar tão cego, a ponto de cometer tais erros?
Está em processo pra ser um homem ainda melhor que fora, para que se um dia tiver que acontecer, Buenos Aires possa recebe-los ainda melhor.
Sente falta dela, cada dia mais.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
A despedida de um símbolo
Logo após o dia em que tudo mudou, decidiu guardar a evolução daquilo que os fez tocar os lábios a primeira vez. Sentiu necessidade de revê-lo e usufruí-lo pouco antes do dia vinte e três de Janeiro, a terceira data mais importante de sua vida. Ficava atrás apenas de seu próprio nascimento, pois obviamente sem estar vivo, não seria possível conhece-lá, e também pelo nascimento dela, logicamente pelo mesmo motivo de seu próprio principio, e por considerar seu próprio aniversário, a alegria nessas datas era a mesma. Com isso a terceira data mais importante de sua vida, a convergência entre ambas as almas, que começou no dia vinte e dois/vinte e nove (data a ser discutida) de Novembro de dois mil e nove, e foi selada, aproximadamente dois meses depois, em vinte e três de Janeiro de dois mil e dez.
A evolução desse símbolo foi constante, partindo de um chinês de baixíssimo custo, com matéria prima barata (do qual guarda com carinho até hoje), até um egípcio feito a mão, de alto padrão, com seus acessórios seguindo essa evolução, um a um, até chegar ao ponto ideal, na visão deles. houveram outros entre essas extremidades de desenvolvimento desse ícone.
Hoje, esse signo, voltou a repousar, limpo como nunca estivera nos últimos anos, solitário, como jamais se viu, guardado junto a uns jogos de tabuleiro que deviam ter sido mais usado, e não foi possível por sua culpa.
Foi mais um momento de dor imensurável, ter que abrir mão de algo que sempre os fizera tão bem, que sempre os consolou nos momentos de dor, que sempre foi a cereja do bolo que a felicidade trazia, e que também era simplesmente algo casual, como um acompanhamento de um filme que juntos viam.
Era o momento de colocar algumas coisas onde deviam estar, afastar de si, aquilo que ele fez com a desunião de suas vidas, deixar descansar, revitalizar. Quem sabe um dia, eles e seu grande símbolo, sua marca, seu signo, possam estar juntos mais uma vez... Quem sabe....
A evolução desse símbolo foi constante, partindo de um chinês de baixíssimo custo, com matéria prima barata (do qual guarda com carinho até hoje), até um egípcio feito a mão, de alto padrão, com seus acessórios seguindo essa evolução, um a um, até chegar ao ponto ideal, na visão deles. houveram outros entre essas extremidades de desenvolvimento desse ícone.
Hoje, esse signo, voltou a repousar, limpo como nunca estivera nos últimos anos, solitário, como jamais se viu, guardado junto a uns jogos de tabuleiro que deviam ter sido mais usado, e não foi possível por sua culpa.
Foi mais um momento de dor imensurável, ter que abrir mão de algo que sempre os fizera tão bem, que sempre os consolou nos momentos de dor, que sempre foi a cereja do bolo que a felicidade trazia, e que também era simplesmente algo casual, como um acompanhamento de um filme que juntos viam.
Era o momento de colocar algumas coisas onde deviam estar, afastar de si, aquilo que ele fez com a desunião de suas vidas, deixar descansar, revitalizar. Quem sabe um dia, eles e seu grande símbolo, sua marca, seu signo, possam estar juntos mais uma vez... Quem sabe....
O tempo
Engraçado como pensamos a respeito do tempo. Nosso sentimento com relação a ele é totalmente desequilibrado, somos egoístas a ponto de achar que ele deve trabalhar somente ao nosso favor, quando na verdade ele o faz, mas sabe qual a real necessidade de passar devagar ou rápido demais, somos nós que estamos equivocados.Ele acordou e, como todos os dias, parou por um instante para separar o que era real, do que era de sua vontade. Consegue em poucos segundos realizar esse filtro, e quando o faz, sente dor. É preciso realizar esse procedimento todos os dia, pois acorda tão atordoado que necessita de um tempo pra se equilibrar. Acorda frequentemente durante seu "sono", as vezes demora para conseguir voltar a dormir, sempre que acontece isso, lembra de palavras que ouviu dela. Da forma como ele se sentia, o que ela pensava dele, o que estava fazendo para melhorar suas vidas, etc... Eram vários os assuntos. Não conseguia sentir raiva de ninguém, se não de si mesmo. Ele era seu maior vilão.
Sabia que essa rotina amarga ainda duraria por um tempo. Sim, voltamos a falar nele, o tempo. Queria poder acelerar seus dias, queria que durasse menos que uma partida casual de Rainbow Six Siege com placar perfeito de 3 a 0. Queria que o tempo trabalhasse ao seu favor, para viver mais dias com menos dor. Mas não é assim que a banda toca. O tempo sabe o que e como fazer, traz a medida exata de dor, a cada dia, para que ele se lembre da lição que foi aprendida, aliás, são várias lições. Não gostaria que ninguém, até mesmo aquele que tem menos afinidade, criasse esse mundo sombrio que ele criou, pois isso afeta a muito mais pessoas que somente seu criador.
Vive dias de instabilidade com as ações do tempo, mas no geral entende a importância que tem saber esperar enquanto faz, dessa vez sim, o certo. Está sofrendo, está secando com o atrito do seu próprio coração, a lenha úmida que mantem a chama da esperança acesa, vai esperar que o tempo se encarregue de trazer visibilidade ao caminho que é escuro, barulhento e doloroso, a curto, médio ou longo prazo, não importa, ele vai esperar conseguir enxergar, e tem expectação de que seja aquela que ele vê em tudo, a cada segundo. Ele a ama, e vai esperá-la.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
Lembranças
Se estivessem juntos, hoje comemorariam 7 anos de namoro. 23 de janeiro, pouco antes do aniversário da cidade, era uma data onde se havia muito o que comemorar, a cada ano, e na maioria delas, passavam no restaurante favorito deles, sentiu saudades. Eram inevitáveis as lembranças maravilhosas, que hoje traziam consigo a dor de não poder continuar escrevendo essa história, que começou impressionantemente bem, seguiu assim por um bom tempo. Pensara que não queria viver 7 dias com outra pessoa, tampouco 7 anos, queria dedicar os próximos 70 à ela, a curar suas feridas, a recuperar o tempo que gastou tratando-a como não merecia, mas sabia que antes disso, precisava estar preparado, era necessário manter seus processos, suas atitudes sua mudança, seu acompanhamento psicológico, com ou sem ela, e infelizmente a segunda hipótese é imensamente mais provável. Mudar para si, ser um homem melhor para ele mesmo, era o que revezava seus pensamentos, obviamente com ela, ambos não saíam de sua cabeça o dia inteiro. Sentiu saudade dela, de sua mão na mão dele, de seu abraço, do calor do seu corpo, novamente do cheiro da sua pele. Sentiu falta de comida mexicana. Sente falta de tudo.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
Toda sexta é 13
Chegara o dia, novamente. A cada 7, ele chegava, e acompanhado por mais dois, o chamado final de semana. Não falara com ela há dias, não sabia como estava, o que sentia. Estaria ela, conseguindo dormir melhor, comer? Não sabia, mas queria. Era sexta, que os viam ininterruptamente até pouco antes do início da semana, era na sexta que, não por preguiça, levantava da cama pensando em quando pra lá voltar, dormir envolvido no calor dos seus braços, o cheiro da sua pele, que era indescritivel, não saira da sua cabeça, e jamais sairá. Chovia lá fora, imaginava como seria a noite, com o barulho das gotas se chocando ao teto, enquanto sentia sua respiração contra seu corpo. Pensou que não há ninguém mais que o faria sentir tudo que sentia, enquanto lembrava das sextas-feiras dos últimos (quase) 7 anos. Nem todas foram assim, mas o suficiente pra tornar toda sexta, a sexta deles. Não importa como o dia tenha sido, ele terminaria e começaria mais um, enquanto eram o abrigo no abraço um do outro. Sua saudade, até das coisas mais simples, era cada dia mais próximo ao insuportável, e aumentava a dor a cada dia antes do sábado.
Sempre achou os dias de chuva de uma beleza notável, não hoje, que parecia o céu, derramar lágrimas à sua cabeça, como quem compartilha da sua dor. O dia começou sombrio, novamente. Terminaria ele melhor
Sempre achou os dias de chuva de uma beleza notável, não hoje, que parecia o céu, derramar lágrimas à sua cabeça, como quem compartilha da sua dor. O dia começou sombrio, novamente. Terminaria ele melhor
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Culpa
Sabia que a culpa era dele, que em nenhum momento deveria jogar, sequer, parte desse peso mãos de alguém. Pensava todos os dias no porquê fizera tudo até chegar onde está, e jamais encontrou um motivo próximo ao lógico, nada além do irracional, sabia também que esse tipo de pensamento não ajudava em nada, seu processo de mudança deveria continuar, seguiu seu dia, e sabia que a sexta-feira estava chegando, e quando o sol dela se pôr, a dor amplificaria, precisava estar preparado, não sabia como. Na última, não resistiu e ligou, precisava ser forte, mas também não sabia como, não fazia idéia como conseguir lutar contra a vontade de ao menos saber que ela visualizou uma mensagem, ela, seu amor maior, sua fonte de forças, sua firmeza nos pés que o evitara de cair. Pressentiu que os próximos dias, seriam ainda mais difíceis.
O que estaria ela fazendo?
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Árvores
Vivem por até milênios;Percebera que seu amor por ela, era como são as árvores.
Não param de crescer enquanto vivas, mesmo que cortadas;
Formam raizes fortes e profundas.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Lhe sobrou apenas si mesmo
Chegou em
casa, com calor e desanimo. Subiu para tomar um banho, não sem antes pegar a
maquina de cortar cabelo, decidiu faze-lo sozinho, ela era responsável por
isso. Fazia com louvor, de uma forma que ele se sentisse confortável.
Odiava
cabelereiro, então, mais uma vez, lhe sobrou apenas si mesmo. Tirou parte do
comprimento com uma tesoura parcialmente cega, adicionando mais dificuldade ao
que já não era fácil. Ao terminar, olhou no espelho, não se importou com o que
viu, sua aparência já não era algo com o que se preocupar. Passou a mão para
sentir a diferença, viu que a parte da nuca, dispunha de fios maiores que
acima, novamente tratou com desdém.
Recebeu
uma mensagem de um bom e velho amigo, cobrando a visita na hamburgueria que
marcara ano passado, contou-lhe o ocorrido e foi chamado para conversar. “Seria
esse o verdadeiro amigo, aquele em que posso confiar?”, pensou, “Talvez não”,
retrucou então. Preferira desabafar com alguém que profissionalmente saiba
ajudar, entrou em contato com um consultório, sua ajuda começa na próxima
terça. Entrou em contato então com um estúdio de tatuagem, agendou uma sessão
para marcar na sua pele, o que havia prometido a ela, algo par nunca esquecer,
algo pra marcar a mudança de suas atitudes para com seu amor. Mesmo, agora sem um, sem o maior, sem o único, quis faze-lo, para
si, mais uma vez, lhe sobrou apenas si mesmo.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Um último elogio
Haviam outros problemas, o ano do macaco no zodíaco Chinês, despejava doses altas de caos, passou o sábado em casa, saindo do seu quarto apenas para comer (ainda tinha apetite). Domingo estava igual, pensava em como resolver outro problema que criara, esse com sua família. Recebeu a mensagem, viu que alguém precisava dele também. Foi até sua casa, a chamou, ficou encantado com o que viu quando, mesmo visivelmente o infeliz, quando apareceu para agenda-lo, causou uma frio na barriga de quem do outro lado do portão estava. Suas roupas eram típicas de quem passara o domingo à tarde em casa sozinha, simples. Não precisará de muito, era linda por natureza. Sentados ao sofá dá sala, alternava entre a confusão que sua mente criava pelos problemas em casa e o quão a queria elogiar. Mas o que causou tanta surpresa nele? Bom, precisamos voltar um pouco na história. Dizia há muito tempo que queria "furar um piercing", ele nunca entendeu o termo, e mesmo sem questionar, sabia do que estava falando. Foi com ela num estudo de tatuagem para faze-lo, talvez tenha pensado melhor, talvez tenha lhe faltado coragem, empecilho esse que não a fizeram desistir na segunda tentativa, disse que não mandaria fotos, queria surpreender, e assim o fez, com perfeição.
Nos dois dias em que nomeou de "apocalipse", ainda não a elogiara, percebeu que, se não o fizesse ali, talvez pessoalmente jamais o faria. Elogiou pela última vez, levantou-se, a abraçou, saiu e até hoje, não a viu novamente.
Troca de papéis
Disse, apesar de tarde, que criara o hábito de colocar-se no lugar dela, para tomar atitudes melhores e evitar mal entendimento. Na noite passada passou todo o extenso período acordado em seu lugar. A princípio, achou difícil o perdão, buscou motivos para contrariar, encontrou aos poucos, mas sentiu a dor que criara. É horripilante. Só queria gritar. Chorou. Queria ligar. Mandou mensagem. Chorou. Rezou e conseguiu cair no sono.
Acordou angustiado, repetiu o que fizera anteriormente, mas não mandou mensagem, banhou-se, andou até a estação de trem tentando ver seu futuro, viu um borrão negro.
Noites e dias longos e sombrios
Dormir já foi mais fácil, o cansaço o nocauteava como aqueles que vinha após um soco forte na ponta do queixo. Hoje pendula pela cama por um bom tempo, sendo aterrorizado pela realidade que criara no passado. Seus dias são sombrios, longos e quentes, seu apetite diminuíra drasticamente, come apenas o suficiente para se manter em pé, pensara que queria conforto no seu abraço, pois ali, era de onde tirava força para enfrentar quaisquer que fora os pesadelos. Como sairá dessa situação assombrosa sem sua maior força?
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Estamos de volta...
Aos 16, nasceu um rápido, porém forte, encanto pela escrita. Baseando-se apenas nesse sentimento, no frágil ensino adquirido pela educação pública nacional e pela paixão nos contos de R.R. Tolkien e Conan Doyle. Pouco tempo depois, houve a maior motivação pra dissertar: ela. Que fazia transbordar sentimentos puros e palavras apaixonadas. Um fotolog foi pouco, eu foi necessário criar um blog, esse blog, pra suprir a necessidade que tinha de gritar com publicações a intensidade desse sentimento incrível, aliás esse, que virou música.
Hoje, 7 anos depois, esse encanto pelas palavas renasceu, porém a base é diferente, a dor. Com isso, voltamos a fazer por prazer aquilo que nos faz bem, mesmo que os motivos sejam aqueles que nos estejam fazendo mal.
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