Chegara o dia, novamente. A cada 7, ele chegava, e acompanhado por mais dois, o chamado final de semana. Não falara com ela há dias, não sabia como estava, o que sentia. Estaria ela, conseguindo dormir melhor, comer? Não sabia, mas queria. Era sexta, que os viam ininterruptamente até pouco antes do início da semana, era na sexta que, não por preguiça, levantava da cama pensando em quando pra lá voltar, dormir envolvido no calor dos seus braços, o cheiro da sua pele, que era indescritivel, não saira da sua cabeça, e jamais sairá. Chovia lá fora, imaginava como seria a noite, com o barulho das gotas se chocando ao teto, enquanto sentia sua respiração contra seu corpo. Pensou que não há ninguém mais que o faria sentir tudo que sentia, enquanto lembrava das sextas-feiras dos últimos (quase) 7 anos. Nem todas foram assim, mas o suficiente pra tornar toda sexta, a sexta deles. Não importa como o dia tenha sido, ele terminaria e começaria mais um, enquanto eram o abrigo no abraço um do outro. Sua saudade, até das coisas mais simples, era cada dia mais próximo ao insuportável, e aumentava a dor a cada dia antes do sábado.
Sempre achou os dias de chuva de uma beleza notável, não hoje, que parecia o céu, derramar lágrimas à sua cabeça, como quem compartilha da sua dor. O dia começou sombrio, novamente. Terminaria ele melhor