Pesquisar este blog

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Lhe sobrou apenas si mesmo

Chegou em casa, com calor e desanimo. Subiu para tomar um banho, não sem antes pegar a maquina de cortar cabelo, decidiu faze-lo sozinho, ela era responsável por isso. Fazia com louvor, de uma forma que ele se sentisse confortável.
Odiava cabelereiro, então, mais uma vez, lhe sobrou apenas si mesmo. Tirou parte do comprimento com uma tesoura parcialmente cega, adicionando mais dificuldade ao que já não era fácil. Ao terminar, olhou no espelho, não se importou com o que viu, sua aparência já não era algo com o que se preocupar. Passou a mão para sentir a diferença, viu que a parte da nuca, dispunha de fios maiores que acima, novamente tratou com desdém.

Recebeu uma mensagem de um bom e velho amigo, cobrando a visita na hamburgueria que marcara ano passado, contou-lhe o ocorrido e foi chamado para conversar. “Seria esse o verdadeiro amigo, aquele em que posso confiar?”, pensou, “Talvez não”, retrucou então. Preferira desabafar com alguém que profissionalmente saiba ajudar, entrou em contato com um consultório, sua ajuda começa na próxima terça. Entrou em contato então com um estúdio de tatuagem, agendou uma sessão para marcar na sua pele, o que havia prometido a ela, algo par nunca esquecer, algo pra marcar a mudança de suas atitudes para com seu amor. Mesmo, agora sem um,  sem o maior, sem o único, quis faze-lo, para si, mais uma vez, lhe sobrou apenas si mesmo.