O dia era o terceiro do mês, e a noite daquela sexta, reservava mais um grande idéia dela, estaria sozinha em sua casa no inicio, até o final da tarde de sábado, e convite nem precisava ter sido feito pra ser aceito.
Esperando o ônibus para passar mais um dia com ela, tinha tudo pra perder o controle dá calma, pois o mesmo atrasara, não o fez, ficou tranquilo. Tempos atrás, queria estar naquela cena, no portão, esperando ela aparecer pelo corredor, atrás da parede da cozinha, no lado externo da casa. Ela apareceu, seu coração se alegrou. Foram ao mercado, novamente estavam juntos discutindo o que comprar pra preparar um almoço, novamente suas mãos estavam juntas enquanto caminhavam pela rua, novamente estava largamente feliz. Mas ainda não aprendeu como parar o tempo, e depois daquele sábado maravilhoso, fazendo, na medida do possível, tudo que amavam fazer juntos, chegara a hora de partir, o Uber os aguardava.
O final de semana não estava completo, havia domingo, havia cinema, e como ele esperava por isso. Foi ao seu encontro, na rua ao lado da sua casa, na rua da casa dele, a viu quando chegou na esquina. Como ela estava linda, mais uma vez. Entrou no carro, e parecia que ele realizara mais um sonho, mais um que sonhou em toda aquela turbulência, porém, mais real que aquele momento não era possível existir.
Estava ela ali, no copiloto, dando as coordenadas obtidas no GPS, falando bastante, é isso o deixava numa paz inexplicável. Nada poderia trazer stress naquele momento tão lindo, tudo era perfeito, nem mesmo o equívoco dos assentos da sala do cinema o fez perder a paz. Abraçados, vendo um filme, sentiu a sensação da realização de um sonho.
Mais maduros, tomavam café numa cafeteria menos badalada que a famosa Starbucks. Ele um expresso forte com muffin, ela um chocolate cremoso com brownie. Seus cuidados um com o outro era admirável, até mesmo pra ele. No almoço, antes da sessão, ele se equivocou e deixou levar pela aparência de um chá de limão e gengibre, pelo o que lhe agrada, tinha tudo pra ser incrível aquele chá, na verdade parecia mais água de valeta. Ela, cuidadosamente, tirou aquele copo com água de calha e lhe ofereceu seu refrigerante de limão, com gelo. Uma cena que ele gostaria de ver de fora, pra querer estar em seu próprio lugar, ver que aquele homem, sentado ao lado daquela Incrível mulher, era naquele momento, alvo da maior sorte do universo, naquele instante.
Chegara a hora em que o dinheiro fez o local oferecer poucas ou nenhuma opção para ainda eles ficarem juntos, e então o rosto de uma amiga, em comum, apareceu na cabeça dele. Ela a convenceu a recebe-los, enquanto lenta e cuidadosamente ele dirigia pela estrada chuvosa, por segurança e por querer mais aquele cafuné, enquanto sua mão caminhava pela perna dela.
A conversa na casa da amiga era naturalmente agradável, tinham desgostos em comum, histórias que os três conheciam, e comentaram juntos, foi novamente, tudo naturalmente agradável, mais que isso, foi incrível. Uma visita não planejada, mas que gerou uma satisfação maravilhosa, e de certa forma, necessária, pois além de a vista a a amiga, era um pretexto pra eles não se separarem antes das 20h daquele domingo.
Uma despedida pouco antes do portão da casa dela, no carro. Era como viver seu sonho em tempo real. Era difícil a despedida, ainda mais naquele momento, onde não havia nenhum encontro marcado entre eles. Mas como já acontecera, naquele sábado, por exemplo, a vida há de cooperar.
Sente a falta dela, ao seu lado, se sente completo.
"All these words I don't just say
And nothing else matters"
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segunda-feira, 6 de março de 2017
sexta-feira, 3 de março de 2017
(a)típica
Acordou com saudades, de qualquer contato. Principalmente um olhar nos seus olhos, da sua mão sobre as suas. Do seu cheiro, do seu cabelo.
É sexta, e sabe o quanto esse dia significa, que se precisar, passara esse também longe dela, mesmo que não seja fácil (e não é).
A situação é compreensível, não há o que ser julgado, não existe possibilidades de ficar chateado, apenas saudades, muitas.
Queria saber se ela esta bem, se ele pode ajudar, pois está sempre disposto a dar seu melhor pra isso. Mesmo que sua ajuda seja mantendo distancia.
Chovia la fora, o tempo esta mais para o frio que para o fresco, era o clima ideal para os gostos dele, não naquele final de semana. Queria o sol, pra aproveitar a piscina no vigésimo sexto andar, ao lado dela e deu skull body. Ambos cuidavam bem da pele, com receio das queimaduras de sol. Da sacada do apartamento, o sol se despedia do final de semana por detrás dos prédios, banhando a cidades com uma cor alaranjada, enquanto ela pedia um jasko. Teria aquilo de novo? Se não, teria aquele pra sempre.
Seus olhos úmidos acompanhavam as doces palavras, demonstrando o sentimento de que não queria ir embora, enquanto aguardavam os temakis, hot roll e hossomaki, de mãos dadas.
Durante o decorrer daquela quinta-feira, lembrava dos pequenos momentos vividos no final de semana, como aquele restaurante que vendia fatias de pizza na rua Augusta. Uma vontade intensa surgiu, vontade dela, da pizza, da Augusta.
Sexta-feira está ai, e não sabemos o que esperar além de esperar.
"Girl, you know I want your love
Your love was handmade for somebody like me"
quarta-feira, 1 de março de 2017
Todo carnaval tem seu fim
Por onde começar? Bem, essa é uma questão difícil. Aquele final de semana mágico, não será retratado aqui. Aqueles mentos em pouco mais de dois dias, ficarão no coração deles pra sempre, e armazenado visualmente em poucas fotos.
Vamos falar no que ele sentiu.
Um abraço frente as catracas do metrô, e ele já poderia ter ido embora alí, já estava absolutamente confortável em seus braços. Não acreditava que ali estavam novamente, um dia antes de completar uma semana que se viram. De novo, no metrô indo a algum lugar juntos. Inacreditável, estava admirado novamente, olhava pra ela com encanto, queria chegar mais perto, segurar sua mão. Tudo tem seu tempo, e foi perfeitamente natural.
Abriu a porta com um cartão magnético, como em Buenos Aires, ainda um pouco desconfortável, acomodou o que desfez de suas malas. Sentados ao sofá, ele queria dizer algo, mas quando pensava nas palavras que usaria, sentia um nó na garganta, e sabia que não conseguiria dar mais que três palavras sem antes a emoção tarde conta. Não se importou, chorou de alegria, e teve abrigo no conforto de seus braços, ele estava em casa e a partir dali, uma felicidade inigualável tocou seu coração. Cada segundo ao lado dela, era como a recarga dessa felicidade, sempre que a olhava nos olhos, sentia o chão se afastar dos seus pés.
Saindo juntos pela primeira vez, após, enfim, ela segurou sua mão. Andando de mãos dadas, na avenida mais charmosa da cidade. Se era um sonho, ele desejava dormir pra sempre. Foram ao mercado juntos e como ele amava isso. Se pegar discutindo o porquê deveriam levar Ajinomoto e não ajisal, pode parecer bobagem, mas esses pequenos momentos foram incríveis. Um de seus amigos, embarcou com eles nessa aventura, e eles estavam fazendo tudo que amavam fazer juntos. Saíram tantas vezes, foram a tantos lugares. Procuraram por algo e não o encontram, até que inacreditavelmente alguém trouxe a eles, no parque Trianon, olhando as aranhas.
Na noite de domingo, tomando um drinks, num trailer na rua Augusta, a chuva abençoou o momento e lavou a alma dele. Mais tarde em "casa" comeram pizza vendo seriado, ele estava completamente confortável, a vontade. Tudo que era simples, amplificava de forma saborosa ao lado dela.
Enquanto estavam aproveitando os últimos minutos juntos, o rádio tocou aquela canção, e ele só confirmou o que já sabia. É ela que ele quer dividir momentos assim, e também os difíceis pra sempre.
Ela não queria ir embora, ou talvez deixa-lo, foram dividir uma refeição pela última vez naquele carnaval. Tudo foi perfeito, escrito dá melhor e mais natural maneira possível.
Ele foi natural, não forçou nada, na verdade, se segurou pra não deixar que seu amor, e tudo aquilo que ele estava sentindo, o deixasse irritante. Era a última coisa que queria. Ele queria, por pouco mais de dois dias, fugir, com ela, dessa loucura confusa em que eles estão, queria poder fazer ela sorrir, mais do que a fez chorar, mesmo de leve sete anos pra conseguir.
O melhor carnaval de todos os tempo, fez ele sorrir do início ao fim.
Ele a ama.
"I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
Oh, God, it feels like forever"
Vamos falar no que ele sentiu.
Um abraço frente as catracas do metrô, e ele já poderia ter ido embora alí, já estava absolutamente confortável em seus braços. Não acreditava que ali estavam novamente, um dia antes de completar uma semana que se viram. De novo, no metrô indo a algum lugar juntos. Inacreditável, estava admirado novamente, olhava pra ela com encanto, queria chegar mais perto, segurar sua mão. Tudo tem seu tempo, e foi perfeitamente natural.
Abriu a porta com um cartão magnético, como em Buenos Aires, ainda um pouco desconfortável, acomodou o que desfez de suas malas. Sentados ao sofá, ele queria dizer algo, mas quando pensava nas palavras que usaria, sentia um nó na garganta, e sabia que não conseguiria dar mais que três palavras sem antes a emoção tarde conta. Não se importou, chorou de alegria, e teve abrigo no conforto de seus braços, ele estava em casa e a partir dali, uma felicidade inigualável tocou seu coração. Cada segundo ao lado dela, era como a recarga dessa felicidade, sempre que a olhava nos olhos, sentia o chão se afastar dos seus pés.
Saindo juntos pela primeira vez, após, enfim, ela segurou sua mão. Andando de mãos dadas, na avenida mais charmosa da cidade. Se era um sonho, ele desejava dormir pra sempre. Foram ao mercado juntos e como ele amava isso. Se pegar discutindo o porquê deveriam levar Ajinomoto e não ajisal, pode parecer bobagem, mas esses pequenos momentos foram incríveis. Um de seus amigos, embarcou com eles nessa aventura, e eles estavam fazendo tudo que amavam fazer juntos. Saíram tantas vezes, foram a tantos lugares. Procuraram por algo e não o encontram, até que inacreditavelmente alguém trouxe a eles, no parque Trianon, olhando as aranhas.
Na noite de domingo, tomando um drinks, num trailer na rua Augusta, a chuva abençoou o momento e lavou a alma dele. Mais tarde em "casa" comeram pizza vendo seriado, ele estava completamente confortável, a vontade. Tudo que era simples, amplificava de forma saborosa ao lado dela.
Enquanto estavam aproveitando os últimos minutos juntos, o rádio tocou aquela canção, e ele só confirmou o que já sabia. É ela que ele quer dividir momentos assim, e também os difíceis pra sempre.
Ela não queria ir embora, ou talvez deixa-lo, foram dividir uma refeição pela última vez naquele carnaval. Tudo foi perfeito, escrito dá melhor e mais natural maneira possível.
Ele foi natural, não forçou nada, na verdade, se segurou pra não deixar que seu amor, e tudo aquilo que ele estava sentindo, o deixasse irritante. Era a última coisa que queria. Ele queria, por pouco mais de dois dias, fugir, com ela, dessa loucura confusa em que eles estão, queria poder fazer ela sorrir, mais do que a fez chorar, mesmo de leve sete anos pra conseguir.
O melhor carnaval de todos os tempo, fez ele sorrir do início ao fim.
Ele a ama.
"I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
Oh, God, it feels like forever"
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
Happiness
Amanheceu um novo dia, ensolarado e diferente, é a melhor sexta-feira das últimas sextas feiras, bem como cada dia dessa semana.
A ansiedade o toma, de tal forma, que se pega sorrindo, ao lembrar dela, ou fantasiar o final de semana. São muitas sensações para administrar, e ele quer sentir profundamente cada uma delas. Se pudesse, viveria sentindo-as pra sempre.
Sair com uma mulher incrível assim, é maravilhoso, é inacreditável e mesmo se for a última vez, ele vai entender.
Desejou que o tempo parasse por dois dos dias que passou ao lado dela, hoje ele só quer avançar, como se houvesse um controle pra isso, até momento em que seu coração acelerasse de novo, antecedendo a presença dela.
Era manhã do dia anterior ao de hoje, ele, ainda sob os efeitos de uma quarta-feira, onde a abraçou, onde segurou sua mão, a viu, e ela estava linda, ele percebeu que ela já havia acordado, pelo status do seu aplicativo de mensagens. Quando o celular vibrou, ele de alguma forma, sabia. Sentiu um calor subindo pelas suas costas, rapidamente, ao mesmo tempo, um frio deu as caras na sua barriga. A notificação confirmou, era ela. Leu a mensagem algumas vezes, não sabia o que responder, tentou deixar a pergunta mais clara, fazendo outras duas. A conversa foi se desenrolando e ficando mais clara, a felicidade, que nele habitava, foi deixando seus espaços ainda maiores, de uma forma que faz as pessoas cantar, sorrir sem perceber. Aquele era ele, não o canguru, sentimento mais sincero que aquele é impossível, pediu pra que não acordassem ele, se fosse um sonho, porque era naquele que queria viver. Mas felizmente não é. Conversaram o dia inteiro, combinando, ajustando os detalhes para o final de semana. Ela foi a última pessoa que ele falou, antes de adormecer.
Acordou então para mais um dia. Sentado ao chão do banheiro, enquanto a água corrente passava pelo seu corpo, ficou ali por uns três minutos, olhos cobertos por pálpebras, sentindo a felicidade, como quem sente o sabor de algo incrivelmente delicioso.
Que sensação maravilhosa, ser ajudado, e poder ajudar nesse momento de tanta dor e bagunça, que satisfação, estar, de alguma forma, em sua vida.
Por favor Terra, a partir de amanhã, gire bem devagarinho.
"Happiness hit her
like a train on a track"
A ansiedade o toma, de tal forma, que se pega sorrindo, ao lembrar dela, ou fantasiar o final de semana. São muitas sensações para administrar, e ele quer sentir profundamente cada uma delas. Se pudesse, viveria sentindo-as pra sempre.
Sair com uma mulher incrível assim, é maravilhoso, é inacreditável e mesmo se for a última vez, ele vai entender.
Desejou que o tempo parasse por dois dos dias que passou ao lado dela, hoje ele só quer avançar, como se houvesse um controle pra isso, até momento em que seu coração acelerasse de novo, antecedendo a presença dela.
Era manhã do dia anterior ao de hoje, ele, ainda sob os efeitos de uma quarta-feira, onde a abraçou, onde segurou sua mão, a viu, e ela estava linda, ele percebeu que ela já havia acordado, pelo status do seu aplicativo de mensagens. Quando o celular vibrou, ele de alguma forma, sabia. Sentiu um calor subindo pelas suas costas, rapidamente, ao mesmo tempo, um frio deu as caras na sua barriga. A notificação confirmou, era ela. Leu a mensagem algumas vezes, não sabia o que responder, tentou deixar a pergunta mais clara, fazendo outras duas. A conversa foi se desenrolando e ficando mais clara, a felicidade, que nele habitava, foi deixando seus espaços ainda maiores, de uma forma que faz as pessoas cantar, sorrir sem perceber. Aquele era ele, não o canguru, sentimento mais sincero que aquele é impossível, pediu pra que não acordassem ele, se fosse um sonho, porque era naquele que queria viver. Mas felizmente não é. Conversaram o dia inteiro, combinando, ajustando os detalhes para o final de semana. Ela foi a última pessoa que ele falou, antes de adormecer.
Acordou então para mais um dia. Sentado ao chão do banheiro, enquanto a água corrente passava pelo seu corpo, ficou ali por uns três minutos, olhos cobertos por pálpebras, sentindo a felicidade, como quem sente o sabor de algo incrivelmente delicioso.
Que sensação maravilhosa, ser ajudado, e poder ajudar nesse momento de tanta dor e bagunça, que satisfação, estar, de alguma forma, em sua vida.
Por favor Terra, a partir de amanhã, gire bem devagarinho.
"Happiness hit her
like a train on a track"
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Mágica
Era quase 18h, e ele aguardava ansioso. Quando finalmente marcou seu ponto comprovando sua saída, "biometricamente", não se importou com a leve chuva que caia sobre sua cabeça. Sentia fome, pois mal conseguiu almoçar. Pediu dois lanches num fast food próximo ao seu trabalho, comeu tão rápido quanto chegara o pedido. Foi ao ponto, pegar um ônibus para o metrô Carrão, que era mais próximo é mais rápido chegar que o Tatuapé. Chegando na estação, ouviu dizer através do sistema de som, que os trens estavam com maiores intervalos. Só podia ser brincadeira, pensou ele.
Havia comprado chiclete na hora do almoço, esqueceu no bolso esquerdo da sua calça jeans. Pouco antes da estação Sé, ela o pediu pra comprar. Ai então, ele lembrou que já tinha. Pegou um. Finalmente, a estação Barra Funda, parecia bloco de rua, no ápice da numerosa presença de pessoas. Sério, só podia ser brincadeira. Quando enfim conseguiu atravessar o mar de gente, foi a passos largos, em direção ao local do evento.
- Homens à direita senhor.
Entrou na esquerda. Voltou e pegou o caminho certo. Sem sinal de internet móvel, ligou para a amiga dela, que a acompanhava, que deu as coordenadas de onde estavam. Ele então, foi na direção. Ela, sentada ao lado da amiga, numa fileira de cadeiras vazias, parecia estar iluminada, pois a viu de longe. Seu coração acelerou. Com o traje tradicional de colação de grau, levantou-se para abraça-lo. Ele ainda não sabia como parar o relógio.
Buscou um refrigerante, pois não foi a melhor das ideias, para seu estômago, comer tão rápido, e andar igualmente veloz. Aproveitou para presentea-la com uma raspadinha, que ela tanto adora, e merecia.
Disse que estava passando mal, quando já na fila formada para se organizar em seus lugares no palco. Foi até o encontro deles (ele e sua amiga) para tomar uma larga dose de uma espécie de calmante natural. Segurou sua mão enquanto isso. Quanta magia havia naquele momento.
Ele a viu no telão, indo para seu assento, tão linda ao vivo como naquela reprodução digital.
Durante a cerimônia, sentia-se melhor, o que o aliviou. Ele a via de longe, igualmente bela.
Ao fim da cerimônia, encontram-se onde haviam combinado. Ele foi surpreendido com o pedido dela de tirar fotos. Ele acha que conseguiu esconder sua euforia. Mas olhando pra foto, enviado por ela, posteriormente, vê-se um dose extra de felicidade. Abraçaram um ao outro, e o tempo não parou. E de novo, antes de ele, partir para longe dela. Não ouviu seu nome chamado por ela, para um último abraço naquela noite. Dormiu com a dor de saber que aquele que foi o último, poderia ser o antecessor de mais um.
Na volta dele pra casa, na estação antes dá qual ele desceria, e onde seu pai já o aguardava pra levar para casa. Um trem a frente quebrou, ao menos esse foi a informação dá companhia responsável por eles. Só poderia ser brincadeira, mas mesmo assim, nem mesmo isso, foi capaz de tirar o sorriso no rosto dele, que ali estava estampado, desde quando a viu, iluminada na fileira de cadeiras vazias. Foi um dia mágico, sem sombra de dúvidas.
"Tudo vale a pena pra te reencontrar
Me livrei de tudo aquilo e consegui mudar
Tudo que foi feito em troca de uma amizade, mas
Felicidade é poder estar
Com quem você gosta em algum lugar"
Havia comprado chiclete na hora do almoço, esqueceu no bolso esquerdo da sua calça jeans. Pouco antes da estação Sé, ela o pediu pra comprar. Ai então, ele lembrou que já tinha. Pegou um. Finalmente, a estação Barra Funda, parecia bloco de rua, no ápice da numerosa presença de pessoas. Sério, só podia ser brincadeira. Quando enfim conseguiu atravessar o mar de gente, foi a passos largos, em direção ao local do evento.
- Homens à direita senhor.
Entrou na esquerda. Voltou e pegou o caminho certo. Sem sinal de internet móvel, ligou para a amiga dela, que a acompanhava, que deu as coordenadas de onde estavam. Ele então, foi na direção. Ela, sentada ao lado da amiga, numa fileira de cadeiras vazias, parecia estar iluminada, pois a viu de longe. Seu coração acelerou. Com o traje tradicional de colação de grau, levantou-se para abraça-lo. Ele ainda não sabia como parar o relógio.
Buscou um refrigerante, pois não foi a melhor das ideias, para seu estômago, comer tão rápido, e andar igualmente veloz. Aproveitou para presentea-la com uma raspadinha, que ela tanto adora, e merecia.
Disse que estava passando mal, quando já na fila formada para se organizar em seus lugares no palco. Foi até o encontro deles (ele e sua amiga) para tomar uma larga dose de uma espécie de calmante natural. Segurou sua mão enquanto isso. Quanta magia havia naquele momento.
Ele a viu no telão, indo para seu assento, tão linda ao vivo como naquela reprodução digital.
Durante a cerimônia, sentia-se melhor, o que o aliviou. Ele a via de longe, igualmente bela.
Ao fim da cerimônia, encontram-se onde haviam combinado. Ele foi surpreendido com o pedido dela de tirar fotos. Ele acha que conseguiu esconder sua euforia. Mas olhando pra foto, enviado por ela, posteriormente, vê-se um dose extra de felicidade. Abraçaram um ao outro, e o tempo não parou. E de novo, antes de ele, partir para longe dela. Não ouviu seu nome chamado por ela, para um último abraço naquela noite. Dormiu com a dor de saber que aquele que foi o último, poderia ser o antecessor de mais um.
Na volta dele pra casa, na estação antes dá qual ele desceria, e onde seu pai já o aguardava pra levar para casa. Um trem a frente quebrou, ao menos esse foi a informação dá companhia responsável por eles. Só poderia ser brincadeira, mas mesmo assim, nem mesmo isso, foi capaz de tirar o sorriso no rosto dele, que ali estava estampado, desde quando a viu, iluminada na fileira de cadeiras vazias. Foi um dia mágico, sem sombra de dúvidas.
"Tudo vale a pena pra te reencontrar
Me livrei de tudo aquilo e consegui mudar
Tudo que foi feito em troca de uma amizade, mas
Felicidade é poder estar
Com quem você gosta em algum lugar"
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Dias de luta, dias de glória
Quatro anos, que dedicou com muito amor, aos estudos, parte deles dividido entre a universidade e o emprego, tratando do bem estar no dia a dia de animais, principalmente aqueles onde dedicou seu trabalho de conclusão de curso. Soube através delas, aliás, que esse está processo de publicação, incrível. Não era pra menos, o esforço dela, mesmo que sem expectativas de crescimento na área, foi plausível, daqueles que ele nunca teve, até agora.
Oito semestres, sem ter que refazer uma matéria sequer, já ele, levou o dobro do tempo.
Hoje, é o dia da tradicional colação de grau, e tradicionalmente entediante. Ele foi convidado, numa quarta feira de futebol, o que faria ele então, dormir e acordar ansioso, pra isso? Ver o esforço de alguém, principalmente quem gosta, ser compensado, vê-la chegar ao final, de algo tão árduo, não tem preço, ou horário que faça desmotivar. O fato de estar presenciando, mesmo que ela um pouco desanimada com a realidade da área, sua conquista, é algo maravilhoso. Não há sentimento que se difere de ansiedade e orgulho. Que mulher.
Seu futuro será brilhante, não há como não ser assim, diante do talento que ela dispõe. Talento esse em vários aspectos, pessoal e profissional. Ele a admira de tal forma, e se espelha nela, isso foi provado, quando ele perdeu sua avó. Não existe ninguém que não tenha algo a ensinar, e com ela, ele tem muito a aprender.
Que chegue logo a hora, de vê-la, aplaudi-la, de parabeniza-la, de abraça-la. Não vê a hora.
"Do I wanna know
If this feeling flows both ways?"
Oito semestres, sem ter que refazer uma matéria sequer, já ele, levou o dobro do tempo.
Hoje, é o dia da tradicional colação de grau, e tradicionalmente entediante. Ele foi convidado, numa quarta feira de futebol, o que faria ele então, dormir e acordar ansioso, pra isso? Ver o esforço de alguém, principalmente quem gosta, ser compensado, vê-la chegar ao final, de algo tão árduo, não tem preço, ou horário que faça desmotivar. O fato de estar presenciando, mesmo que ela um pouco desanimada com a realidade da área, sua conquista, é algo maravilhoso. Não há sentimento que se difere de ansiedade e orgulho. Que mulher.
Seu futuro será brilhante, não há como não ser assim, diante do talento que ela dispõe. Talento esse em vários aspectos, pessoal e profissional. Ele a admira de tal forma, e se espelha nela, isso foi provado, quando ele perdeu sua avó. Não existe ninguém que não tenha algo a ensinar, e com ela, ele tem muito a aprender.
Que chegue logo a hora, de vê-la, aplaudi-la, de parabeniza-la, de abraça-la. Não vê a hora.
"Do I wanna know
If this feeling flows both ways?"
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
Reencontro
12h58 e ela apareceu, ele ja estava lá, onde marcaram o encontro há 9 minutos. Ela era pontual com o Big Ben, ele amava isso.
Sábado, voltara do dentista, não sem antes passar no mercadão do município pra comprar um yakissoba. O calor era forte, seus pais foram relaxar na piscina do clube, estava novamente sozinho.
Queria não estar em casa, queria algo diferente naquele final de semana, na sua cabeça, a imagem de uma mulher apareceu forte. Seu coração então, gritava, dizendo para chama-la pra sair. Mandou mensagem, e se arrependeu, logo após o envio. Pediu desculpas e também pra que ela não respondesse. Respondeu. Sua insegurança não o deixava fazer o convite, seu coração falou mais alto, e fez, ouviu o que esperava e que era compreensível, "não". Minutos depois, ela o perguntou o que havia pensado em fazer, e ele respondeu com a metade do que tinha pensado. Caiu sobre ele escolher um, e escolheu. Applebee's, shopping Eldorado, onde tinham algo a ser feito, realizado. Ela, então respondeu com um "ta bem".
- Ta bem?
Perguntou ele.
- Sim
Respondeu
- Isso é um sim de: Vamos?
- Sim
- Sério?
Ele não acreditava
- Serio
- Quando?
"Resposta clássica".
Nesse instante, sentiu o tradicional sintoma físico de nervosismo e ansiedade.
O "não" ele ja tinha, e continuou com ele, até o "ta bem".
Seu domingo, era normalmente preguiçoso, parado, e esse foi bastante cansativo, e ainda mais prazeroso. Faria isso, toda semana, se pudesse.
Quando a viu, queria pular a catraca do metrô e correr para seus braços, elas estava do outro lado, mas precisava ser contido, precisava manter suas emoções controladas. Um sorriso, e um abraço, queria estar ali pra sempre. Segurou sua mão, e sentiu uma paz indescritível, com a tristeza de saber que havia um prazo de validade.
Passaram quase 12 horas juntos, alegre, sem pressão, eram apenas duas pessoas que se conhecem bem, que estão feridas, se ajudando, se divertindo. Cada olhar dele, era como olhar uma miragem, as vezes precisava toca-la pra saber que mesmo que acabasse a noite era real, e era muito real, inacreditável, estar ali, ao lado dela, fazendo-a sorrir, isso é uma das melhores coisas que ele faz na vida, e ama isso. Aproveitou cada segundo, cada conversa, cada toque. Queria que o tempo parasse, mas não pode. Então gravou a imagem daquele dia em seu coração, e nunca ira apagar. Ela é linda, carinhosa, atraente. É a melhor companhia que ele pode ter em meio a aproximadamente 7,125 bilhões de pessoas. Como pode gostar tanto da presença dela? Como pode sentira tanta falta, e tanta saudade?
Como disse, ele não ficaria decepcionado, ficou com o coração alegre, foi tudo melhor do que poderia imaginar. Ela sabe como faze-lo feliz. E ele espera profundamente te-la feito igualmente.
Se fechar os olhos, consegue sentir seu corpo o abraçando.
Ele não para de olhar para seu pulso esquerdo.
"Eu, quero que teu ônibus demore e quando ele vem meus olhos ficam como os do Wall-e"
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
Ainda é 2017
Acordou de manhã, na verdade um pouco mais tarde, pois tinha consulta médica como em toda terça, com exceção na passada, pois foi buscar o passaporte. Estava ele um pouco, digamos, desapontado, por estar acordado sem ter sonhado a noite. Nenhum sonho, nem mesmo com ela. Como de costume, olhou seu celular, procurando notificação com seu nome, não encontrou, o que é perfeitamente normal, e então disse em voz baixa:
- Falta muito pra 2032?
Passando pela avenida Pires do Rio, sentido metrô Itaquera, lembrou do primeiro dia do ano, a tarde onde foram atrás de algum mercado aberto para fazer o que tanto gostavam: cozinhar juntos. Mas como dito, já era a tarde e só encontraram uma padaria aberta. Se contentaram com um lanche e cerveja. Que estavam ótimos, aliás. Ele pensou que não devia ter deixado isso pra trás também, eles sempre adoraram cozinhar. Devia ter feito aquele hambúrguer que prometeu e não poderá cumprir.
Queria cozinhar com ela pra sempre.
"Keep me in your memory
Leave out all the rest"
- Falta muito pra 2032?
Passando pela avenida Pires do Rio, sentido metrô Itaquera, lembrou do primeiro dia do ano, a tarde onde foram atrás de algum mercado aberto para fazer o que tanto gostavam: cozinhar juntos. Mas como dito, já era a tarde e só encontraram uma padaria aberta. Se contentaram com um lanche e cerveja. Que estavam ótimos, aliás. Ele pensou que não devia ter deixado isso pra trás também, eles sempre adoraram cozinhar. Devia ter feito aquele hambúrguer que prometeu e não poderá cumprir.
Queria cozinhar com ela pra sempre.
"Keep me in your memory
Leave out all the rest"
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
"Sextou"
Sexta-feira, antes motivo de alegria e ansiedade, de encontrar-se nos olhos dela. De ser seu lugar pra retornar, de seu colo ser o lugar dela, com tanto pra contar e ouvir. Dia de começar um final de semana juntos, de planejar e não fazer, dia de dormir juntos.
Hoje, esses dias não passam de um amplificador de dor e angustia. De ter que ficar na esperança de receber um “oi”, ainda mais que nos outros. De se trancar no quarto, alternando entre coisas que não lhe dão satisfação, de olhar suas fotos ainda no seu quarto, e dizer em voz baixa: “Queria que você estivesse aqui. Ou me deixasse estar ai, seja lá onde você está.”
Ainda guarda a cerveja dela, na geladeira. Uma Sol que comprara, junto de uma Heineken que ele tomou ao seu lado, vendo “Largados e pelados” no Discovery Channel, fumando narguile, no dia 30 de dezembro de dois mil e dezesseis. Lembra dela sempre que abre a geladeira (E ele faz muito isso, desde sempre), e espera um dia que ela possa abrir aquela tampinha, e lembrar de quando eles as colecionavam.
Geralmente, nesse dia, a luta contra a vontade de mandar mensagem fica ainda pior, e sente que tem lutado também contra a vontade de chama-la no portão de sua casa. Lutar contra suas vontades é difícil, pior ainda quando são as vontades do seu amor por alguém, e impossível lutar contra o coração.
Continuar lutando contra aquilo que pode, é o que fará (mesmo que um e-mail seja enviado, só pra ela saber que ainda, ele esta lá).
Amanhã estará sozinho novamente, no dentista, mas preferia estar com ela, em outro país.
Ele a ama, incontrolavelmente.
Demorou a perceber, que na há nada que ame mais, que sua parceira.
“Quanta dor cabe num peito
Ou numa vida só?”
Hoje, esses dias não passam de um amplificador de dor e angustia. De ter que ficar na esperança de receber um “oi”, ainda mais que nos outros. De se trancar no quarto, alternando entre coisas que não lhe dão satisfação, de olhar suas fotos ainda no seu quarto, e dizer em voz baixa: “Queria que você estivesse aqui. Ou me deixasse estar ai, seja lá onde você está.”
Ainda guarda a cerveja dela, na geladeira. Uma Sol que comprara, junto de uma Heineken que ele tomou ao seu lado, vendo “Largados e pelados” no Discovery Channel, fumando narguile, no dia 30 de dezembro de dois mil e dezesseis. Lembra dela sempre que abre a geladeira (E ele faz muito isso, desde sempre), e espera um dia que ela possa abrir aquela tampinha, e lembrar de quando eles as colecionavam.
Geralmente, nesse dia, a luta contra a vontade de mandar mensagem fica ainda pior, e sente que tem lutado também contra a vontade de chama-la no portão de sua casa. Lutar contra suas vontades é difícil, pior ainda quando são as vontades do seu amor por alguém, e impossível lutar contra o coração.
Continuar lutando contra aquilo que pode, é o que fará (mesmo que um e-mail seja enviado, só pra ela saber que ainda, ele esta lá).
Amanhã estará sozinho novamente, no dentista, mas preferia estar com ela, em outro país.
Ele a ama, incontrolavelmente.
Demorou a perceber, que na há nada que ame mais, que sua parceira.
“Quanta dor cabe num peito
Ou numa vida só?”
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Green Hope
Seu celular notifica que há algo que deve ser visto, um led, pequeno, delicado verde (sua cor favorita), brilha no canto superior direito, por detrás da película protetora de vidro. Toda vez, a mesma expectativa: encontrar o nome dela centralizado na notificação, mais uma vez, decepção. No bolso, uma reação se repete sempre que o sente vibrar, uma sensação de calor subindo pelas suas costas com duração de aproximadamente um segundo.
Não importa se o sistema de notificação do celular, mostra que deve olhar seu aplicativo de mensagem, se é no e-mail ou ate mesmo atender uma ligação, ele sempre tem a mesma esperança.
Recebeu um par de notas de voz dela, numa conversa tensa, ouve quase todas as noites, sente a mescla de dor com uma felicidade inexplicável.
"...E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário."- Steve Jobs
"Cause all of me
Loves all of you"
Indie
Os dias se passam, e não amenizam a dor, ou o arrependimento. Sente falta de seu toque, do seu cheiro. Tudo que está relacionado a sua presença.
Seu corpo, insiste em perguntar por ela, vazio e oco.
Seu coração, insiste em apontar na direção daqueles olhos grandes, negros e brilhosos, como quem diz: “Ligue, diga pra ela abrir o portão”.
Seu cérebro não consegue separar a dor, para dar liberdade ao raciocínio, o canguru, desbotado, ja não esconde com perfeição a casca oca que cobre.
A vê em tudo, o tempo todo. Queria poder mandar “bom dia”, em mensagens no celular, ou responder as dela, no seu. Contar as inúmeras vezes em que pensa: "Ela gostaria de saber disso" ou "Preciso compartilhar com ela". Queria poder reclamar pra ela, sobre o transporte publico, por exemplo, sabendo que nada mudaria assim, mas que ao menos, poderia ler as doces palavras digitadas, enquanto enfrentava o caos do caminho de volta pra casa. Deseja saber como ela está, o que fez, o que comeu, quais seus planos pro final de semana.
Seu rumo, é ela, que parece estar há anos luz dele.
Queria contar cada trecho que achou sensacional, os personagens (Principalmente aquele que lembra um anjo numa casca de um humano, d’uma série que ela gosta) e como é, no geral, o primeiro livro de “uma trilogia de cinco”. O guia do mochileiro das galáxias.
Queria poder dividir o canto do sofá, ou qualquer lugar onde estaria ao seu lado, para assistir os filmes que indicaram e ele baixou.
Tudo é tão sem graça, sem ela. Tudo que antes parecia uma visão de um caleidoscópio, agora era um mangá, originalmente tedioso.
Quanta dor é possível suportar, quando ela já não consegue estar abrigada no seu peito e passa ao seu corpo, sua mente? Parece impossível suportar o insuportável, até que você se encontre em tal posição, vendo que é isso que lhe resta. Sobreviver, ao invés de viver.
Em meio aos dias cinzas, das nuvens escuras, densas, seu coração insiste em faze-lo acreditar que ela aparecera como um sol, entre essa sombriedade.
Era tudo tão belo, mesmo nos dias mais feios, era tão elegantes, mesmo nos momentos cafonas.
Erros após erros, e as vezes pensa como já não tinha isso acontecido, como ela já não tinha ido embora, pois mulher não deve ser tratada como ele a tratava, tampouco ela. Se pudesse, faria tudo, que precisasse, diferente, daria valor pra qualquer coisa, mesmo que um ato insignificante. Sente saudades até de suas colisões involuntárias da cabeça na parede.
Estaria submetido a viver, vendo seu lindo e reluzente rosto somente por fotos? Através de atualizações em redes sociais? Parece ser um consequências justa e infinitamente dolorosa, que ele conscientemente aceita.
Vai espera-la, pelo tempo que for, por quantas vidas viver, só o amor, supera tudo.
“Assim como o ar me parece vital
Onde quer que eu vá o que quer que eu faça
Sem você não tem graça”
Seu corpo, insiste em perguntar por ela, vazio e oco.
Seu coração, insiste em apontar na direção daqueles olhos grandes, negros e brilhosos, como quem diz: “Ligue, diga pra ela abrir o portão”.
Seu cérebro não consegue separar a dor, para dar liberdade ao raciocínio, o canguru, desbotado, ja não esconde com perfeição a casca oca que cobre.
A vê em tudo, o tempo todo. Queria poder mandar “bom dia”, em mensagens no celular, ou responder as dela, no seu. Contar as inúmeras vezes em que pensa: "Ela gostaria de saber disso" ou "Preciso compartilhar com ela". Queria poder reclamar pra ela, sobre o transporte publico, por exemplo, sabendo que nada mudaria assim, mas que ao menos, poderia ler as doces palavras digitadas, enquanto enfrentava o caos do caminho de volta pra casa. Deseja saber como ela está, o que fez, o que comeu, quais seus planos pro final de semana.
Seu rumo, é ela, que parece estar há anos luz dele.
Queria contar cada trecho que achou sensacional, os personagens (Principalmente aquele que lembra um anjo numa casca de um humano, d’uma série que ela gosta) e como é, no geral, o primeiro livro de “uma trilogia de cinco”. O guia do mochileiro das galáxias.
Queria poder dividir o canto do sofá, ou qualquer lugar onde estaria ao seu lado, para assistir os filmes que indicaram e ele baixou.
Tudo é tão sem graça, sem ela. Tudo que antes parecia uma visão de um caleidoscópio, agora era um mangá, originalmente tedioso.
Quanta dor é possível suportar, quando ela já não consegue estar abrigada no seu peito e passa ao seu corpo, sua mente? Parece impossível suportar o insuportável, até que você se encontre em tal posição, vendo que é isso que lhe resta. Sobreviver, ao invés de viver.
Em meio aos dias cinzas, das nuvens escuras, densas, seu coração insiste em faze-lo acreditar que ela aparecera como um sol, entre essa sombriedade.
Era tudo tão belo, mesmo nos dias mais feios, era tão elegantes, mesmo nos momentos cafonas.
Erros após erros, e as vezes pensa como já não tinha isso acontecido, como ela já não tinha ido embora, pois mulher não deve ser tratada como ele a tratava, tampouco ela. Se pudesse, faria tudo, que precisasse, diferente, daria valor pra qualquer coisa, mesmo que um ato insignificante. Sente saudades até de suas colisões involuntárias da cabeça na parede.
Estaria submetido a viver, vendo seu lindo e reluzente rosto somente por fotos? Através de atualizações em redes sociais? Parece ser um consequências justa e infinitamente dolorosa, que ele conscientemente aceita.
Vai espera-la, pelo tempo que for, por quantas vidas viver, só o amor, supera tudo.
“Assim como o ar me parece vital
Onde quer que eu vá o que quer que eu faça
Sem você não tem graça”
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Sozinhos, em meio a multidão
Decidiu não deixar mais nada passar, nada que fosse preciso fazer ficaria pra trás, obsoleto. Seus hábitos de deixar pra última hora ou ignorar, fingir que não precisa ser feito, que poderia ser adiado, está com os dias contados.
Faltava fazer uma coisa, herdada desse mau hábito, ele sabia que lhe causaria angustia.
Despertou vinte minutos mais tarde, sonhara com ela novamente, não queria chegar antes que o horário de funcionamento, imprimiu o email de confirmação, pois o protocolo havia deixado na gaveta de sua mesa no trabalho, por esse motivo, temia não conseguir retirar seu documento. Sabia que ela o lembraria de levar esse protocolo, se seus caminhos não tivessem bifurcados. Lembrou quando foi realizar um orçamento de tatuagem, que se não fosse por ela, se precipitaria e acabaria marcando horário sem antes comparar preços com outros estúdios.
Embarcou no primeiro dos três trens que tomaria naquela viagem, e na estação seguinte a de seu embarque, a procurou. Não saberia dizer o porquê, se questionado.
Ouvindo podcast, de um capítulo sobre a segunda guerra mundial (não consegue mais ouvir música no caminho para o trabalho), seguiu pensando em como procederia, se não conseguisse o que saíra de casa pra fazer.
Na luz, acabaria ali a viagem de seu segundo trem, e partiria para o metrô. A linha amarela. Onde sempre estivera ao lado dela, nos bons e maus momentos. Queria que ela estivesse ali. Lembrou que o motivo pelo qual ela não estava, era por culpa dele.
Todo o caminho, remetia ao mesmo trajeto que fez ao seu lado, pouco tempo antes. Sua memória estava dolorosamente fresca.
Estação Hebraica Rebouças, o desembarque do terceiro trem. Jamais estivera naquela estação sozinho, e imaginou que quando esse dia chegasse, seria pra entrar no prédio, e seguir para o andar da Intel. Se enganou drasticamente.
Atravessou o espaço que separava a estação do shopping Eldorado, deu de cara com o Starbucks. Haviam tomado café ali. Lembrou da conversa que tiveram, do learning de inglês de duas desconhecidas, do pardal que se alimentava de migalhas. Seguiu rapidamente para o segundo subsolo, enquanto sua memória trabalhava insanamente para derruba-lo, engoliu o choro.
Dobrando a direita após o último lance de escadas, viu uma assessoria de visto americano, seus olhos fitaram o local automaticamente, desviou o olhar, para a unidade de visto da policial federal, por um momento, viu a si mesmo ao lado dela, sentados no banco esperando serem chamados. Foi para a fila de retirada. Rapidamente foi chamado. Quando questionado se estava munido do protocolo de solicitação, sentiu o chão afundar levemente. Mostrou o email impresso, mas somente um documento de identidade com foto e número de CPF já era o suficiente. Sentiu um breve alívio. Assinou seu nome no passaporte após fazer leitura biométrica do seu polegar direito. Olhou para o passaporte e pensou que estaria mais feliz. Pois ele não sentiu nada além de frustração. Seu único motivo a se alegrar era que havia não deixado mais um "problema" de lado. Encarou a dor, e resolveu o que precisava ser resolvido.
Guardou o documento no meio do "Guia do mochileiro das galáxias" e pôs o livro na mochila. Seguiu os lances de escadas rapidamente, não antes sem ver o Sí Señor, onde se imaginou comparando o cardápio com o restaurante favorito deles.
No caminho inverso, parou para tomar café. Um Refresher de limão e um muffin de muçarela de búfala, queria sentar na mesa onde estiveram, mas ela estava ocupada. Sentou-se ao lado. Lembrou da conversa sobre, tomar café no starbucks antes do trabalho. Ele estava fazendo isso agora, e era assustadoramente sombrio. Finalizou sua alimentação, e partiu rumo ao seu emprego. Vestiu-se de canguru.
Seus dias, eram agora como um filme ruim, onde você prefere cochilar para que chegue logo o fim. Nada lhe dava mais prazer, apenas existiam ações que não aumentavam a dor.
Esteve só, em dois lugares onde jamais esteve sem ela. Queria não sentir mais isso.
"Hello darkness, my old friend"
Faltava fazer uma coisa, herdada desse mau hábito, ele sabia que lhe causaria angustia.
Despertou vinte minutos mais tarde, sonhara com ela novamente, não queria chegar antes que o horário de funcionamento, imprimiu o email de confirmação, pois o protocolo havia deixado na gaveta de sua mesa no trabalho, por esse motivo, temia não conseguir retirar seu documento. Sabia que ela o lembraria de levar esse protocolo, se seus caminhos não tivessem bifurcados. Lembrou quando foi realizar um orçamento de tatuagem, que se não fosse por ela, se precipitaria e acabaria marcando horário sem antes comparar preços com outros estúdios.
Embarcou no primeiro dos três trens que tomaria naquela viagem, e na estação seguinte a de seu embarque, a procurou. Não saberia dizer o porquê, se questionado.
Ouvindo podcast, de um capítulo sobre a segunda guerra mundial (não consegue mais ouvir música no caminho para o trabalho), seguiu pensando em como procederia, se não conseguisse o que saíra de casa pra fazer.
Na luz, acabaria ali a viagem de seu segundo trem, e partiria para o metrô. A linha amarela. Onde sempre estivera ao lado dela, nos bons e maus momentos. Queria que ela estivesse ali. Lembrou que o motivo pelo qual ela não estava, era por culpa dele.
Todo o caminho, remetia ao mesmo trajeto que fez ao seu lado, pouco tempo antes. Sua memória estava dolorosamente fresca.
Estação Hebraica Rebouças, o desembarque do terceiro trem. Jamais estivera naquela estação sozinho, e imaginou que quando esse dia chegasse, seria pra entrar no prédio, e seguir para o andar da Intel. Se enganou drasticamente.
Atravessou o espaço que separava a estação do shopping Eldorado, deu de cara com o Starbucks. Haviam tomado café ali. Lembrou da conversa que tiveram, do learning de inglês de duas desconhecidas, do pardal que se alimentava de migalhas. Seguiu rapidamente para o segundo subsolo, enquanto sua memória trabalhava insanamente para derruba-lo, engoliu o choro.
Dobrando a direita após o último lance de escadas, viu uma assessoria de visto americano, seus olhos fitaram o local automaticamente, desviou o olhar, para a unidade de visto da policial federal, por um momento, viu a si mesmo ao lado dela, sentados no banco esperando serem chamados. Foi para a fila de retirada. Rapidamente foi chamado. Quando questionado se estava munido do protocolo de solicitação, sentiu o chão afundar levemente. Mostrou o email impresso, mas somente um documento de identidade com foto e número de CPF já era o suficiente. Sentiu um breve alívio. Assinou seu nome no passaporte após fazer leitura biométrica do seu polegar direito. Olhou para o passaporte e pensou que estaria mais feliz. Pois ele não sentiu nada além de frustração. Seu único motivo a se alegrar era que havia não deixado mais um "problema" de lado. Encarou a dor, e resolveu o que precisava ser resolvido.
Guardou o documento no meio do "Guia do mochileiro das galáxias" e pôs o livro na mochila. Seguiu os lances de escadas rapidamente, não antes sem ver o Sí Señor, onde se imaginou comparando o cardápio com o restaurante favorito deles.
No caminho inverso, parou para tomar café. Um Refresher de limão e um muffin de muçarela de búfala, queria sentar na mesa onde estiveram, mas ela estava ocupada. Sentou-se ao lado. Lembrou da conversa sobre, tomar café no starbucks antes do trabalho. Ele estava fazendo isso agora, e era assustadoramente sombrio. Finalizou sua alimentação, e partiu rumo ao seu emprego. Vestiu-se de canguru.
Seus dias, eram agora como um filme ruim, onde você prefere cochilar para que chegue logo o fim. Nada lhe dava mais prazer, apenas existiam ações que não aumentavam a dor.
Esteve só, em dois lugares onde jamais esteve sem ela. Queria não sentir mais isso.
"Hello darkness, my old friend"
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
Sonho
Levantou-se, para mais um dia encarar, viver mais um. Ou seria menos um? Sentiu frustração com o despertar, não por acordar, mas por ter interrompido seu sonho. Mais uma vez, sonhou com ela, fato quase que diário. Seu sonho foi belo, nele, ela aparecia em sua casa, entrava em seu quarto, que ainda não era o atual, com os móveis planejados, era o anterior. Sua amada sentiu dor por estar ali, chorou, buscou abrigo em seus braços. Deitados à cama, adormeceram, juntos novamente. Pouco tempo após, acordaram, ainda no meio da noite, e ele ouviu o tão tradicional pedido dela, aquele com a palavra que eles definiram: Jasko.
Queria viver nos seus sonhos, onde ela ainda está ao seu lado, amando e sendo igualmente amada. Onde não há dor, restrição ou distância. Suas esperanças insistem em não ir embora, não sabe se isso causa mais ou menos dor. Queria poder falar com ela, diariamente, o dia todo. Queria saber do seu dia, mesmo que isso o assombre. Queria poder fazer tudo diferente com ela, como tem feito consigo mesmo. Sente saudades, sente dor, sente amor.
Ouviu dela que a fez sorrir, com uma surpresa, ganhou o dia. Queria poder fazer isso todos os dias, até que os dias se acabem.
"And still I dreamed she'll come to me
That we will live the years together
But there are dreams that cannot be
And there are storms we cannot weather
I had a dream my life would be
So different from this hell I'm living
So different now from what it seemed
Now life has killed the dream
I dreamed"
Queria viver nos seus sonhos, onde ela ainda está ao seu lado, amando e sendo igualmente amada. Onde não há dor, restrição ou distância. Suas esperanças insistem em não ir embora, não sabe se isso causa mais ou menos dor. Queria poder falar com ela, diariamente, o dia todo. Queria saber do seu dia, mesmo que isso o assombre. Queria poder fazer tudo diferente com ela, como tem feito consigo mesmo. Sente saudades, sente dor, sente amor.
Ouviu dela que a fez sorrir, com uma surpresa, ganhou o dia. Queria poder fazer isso todos os dias, até que os dias se acabem.
"And still I dreamed she'll come to me
That we will live the years together
But there are dreams that cannot be
And there are storms we cannot weather
I had a dream my life would be
So different from this hell I'm living
So different now from what it seemed
Now life has killed the dream
I dreamed"
domingo, 5 de fevereiro de 2017
Alone, away
Amanheceu um novo dia, e ele despertou cedo, ouviu um movimentação característica de seus pais, quando eles saiam. Sua mãe veio lhe avisar que iria ao clube aquático, acompanhada de seu pai e sua irmã, sabia que ele negaria, mas mesmo assim, perguntou se ele queria se juntar nesse passeio. A resposta foi obvia. Talvez fosse melhor ter ido.
Pensou em muita coisa antes de cochilar, quando despertou novamente, e percebeu que estava sozinho, sentiu dor. Era a primeira vez em vários anos que estava em casa sozinho num domingo de manhã, sozinho de verdade, - inicio da tarde - . Pensou em tudo que faria, se ela estivesse com ele, chorou, sentiu saudades, sentiu-se culpado, sujo.
Conseguiu coragem para levantar da cama, tentou preparar o seu tradicional café da "manhã", onde durante anos compartilhava a mesa com ela. Perdeu o pouco apetite que lhe restava.
Seus dias continuam difíceis, e amargos. Suas mudanças lhe ajudam a seguir em frente, vivendo um dia de cada vez.
Queria estar com ela, queria ser pra ela o melhor que poderia ser. Daria tudo por isso.
"Tive que aceitar
Mas me perco sem você
Tive que continuar
Mas não vivo sem você
Essa me faz lembrar de tudo que passamos
Essa noite vou dançar sem você
Onde estiver, saiba que eu sempre estarei aqui
Mesmo que o tempo te levar"
Pensou em muita coisa antes de cochilar, quando despertou novamente, e percebeu que estava sozinho, sentiu dor. Era a primeira vez em vários anos que estava em casa sozinho num domingo de manhã, sozinho de verdade, - inicio da tarde - . Pensou em tudo que faria, se ela estivesse com ele, chorou, sentiu saudades, sentiu-se culpado, sujo.
Conseguiu coragem para levantar da cama, tentou preparar o seu tradicional café da "manhã", onde durante anos compartilhava a mesa com ela. Perdeu o pouco apetite que lhe restava.
Seus dias continuam difíceis, e amargos. Suas mudanças lhe ajudam a seguir em frente, vivendo um dia de cada vez.
Queria estar com ela, queria ser pra ela o melhor que poderia ser. Daria tudo por isso.
"Tive que aceitar
Mas me perco sem você
Tive que continuar
Mas não vivo sem você
Essa me faz lembrar de tudo que passamos
Essa noite vou dançar sem você
Onde estiver, saiba que eu sempre estarei aqui
Mesmo que o tempo te levar"
domingo, 29 de janeiro de 2017
Seu ano se foi, macaco
Sempre fora supersticioso, sabia disso. Faz promessas e as cumpre. Levanta todos os dias com o pé direito, pisando com ele no tapete do lado de sua cama, tomava impulso, e pisava descalço ao chão com o mesmo pé. Não passa, jamais, embaixo de escada. Sinal da cruz três vezes após derrubar uma faca. Não deixa calçados com a sola apontado ao céu. Não dorme com os pés apontados para a rua. Lê seu horoscopo sempre que pode, e o dela também.
Descobriu há pouco mais de um ano, o zodíaco chinês, e pra essa crença, não deu muito valor. Leu sobre o ano do macaco, com inicio no final de janeiro de 2016. Um ano que falava que seria o ano de mudanças, ano de colheitas, que amadureceriam tudo aquilo que fora plantado. A principio, estava confiante, precisa de mudanças. Não podia estar mais enganado. Suas sementes plantadas, foram amargas. Em resumo, perdeu seu cão, brutalmente, com a mesma doença e de forma ainda mais rápida, sua amada avó de foi. Pensou que uma oportunidade de emprego incrível tinha aparecido. Foi enganado. Brigou com seu pai, mais uma vez. Passou o ano novo, pela primeira vez em quase um quarto de século sem seus pais. No chão, derrotado, uma mão lhe foi estendida, mais uma vez, afinal, essa mão sempre esteve ali, mesmo que ele a tratasse com desdém. Caiu na real, viu que a mudança precisava iniciar. Mas o macaco avisou, e trouxe a colheita da safra final. Perdeu o que havia lhe restado.
O macaco se foi e a poeira esta baixando, sobre suas cabeças agora o reflexo do galo de ouro, que deu o ar da graça pela ultima vez em 1993, quando ele completara seu primeiro ano de vida. O ano, pra ele começa agora, ainda sob as mudanças que o macaco deixou claro ser necessárias, ele busca prosperidade e acima de tudo, recomeço. É tempo de se reorientar, voltar a linha e seguir, seguro e firme, de tomar decisões importantes, de ser mais seguro, responsável, de respeitar de verdade, acima de tudo, qualquer pessoa e opinião. Principalmente aqueles que ele ama, e que amam ele.
2016 foi um ano de mudanças ao deu redor, 2017, de mudanças no seu interior, o processo segue firme e forte, esse ano, está otimista.
"Saudades dos nossos sorrisos, de estar bem com tão pouco"
- Falta, de Pense
Descobriu há pouco mais de um ano, o zodíaco chinês, e pra essa crença, não deu muito valor. Leu sobre o ano do macaco, com inicio no final de janeiro de 2016. Um ano que falava que seria o ano de mudanças, ano de colheitas, que amadureceriam tudo aquilo que fora plantado. A principio, estava confiante, precisa de mudanças. Não podia estar mais enganado. Suas sementes plantadas, foram amargas. Em resumo, perdeu seu cão, brutalmente, com a mesma doença e de forma ainda mais rápida, sua amada avó de foi. Pensou que uma oportunidade de emprego incrível tinha aparecido. Foi enganado. Brigou com seu pai, mais uma vez. Passou o ano novo, pela primeira vez em quase um quarto de século sem seus pais. No chão, derrotado, uma mão lhe foi estendida, mais uma vez, afinal, essa mão sempre esteve ali, mesmo que ele a tratasse com desdém. Caiu na real, viu que a mudança precisava iniciar. Mas o macaco avisou, e trouxe a colheita da safra final. Perdeu o que havia lhe restado.
O macaco se foi e a poeira esta baixando, sobre suas cabeças agora o reflexo do galo de ouro, que deu o ar da graça pela ultima vez em 1993, quando ele completara seu primeiro ano de vida. O ano, pra ele começa agora, ainda sob as mudanças que o macaco deixou claro ser necessárias, ele busca prosperidade e acima de tudo, recomeço. É tempo de se reorientar, voltar a linha e seguir, seguro e firme, de tomar decisões importantes, de ser mais seguro, responsável, de respeitar de verdade, acima de tudo, qualquer pessoa e opinião. Principalmente aqueles que ele ama, e que amam ele.
2016 foi um ano de mudanças ao deu redor, 2017, de mudanças no seu interior, o processo segue firme e forte, esse ano, está otimista.
"Saudades dos nossos sorrisos, de estar bem com tão pouco"
- Falta, de Pense
sábado, 28 de janeiro de 2017
Canguru
Não é fácil esconder sua dor, fingir que tudo está indo bem, sabendo que longe disso está.
O pensamento de como será a noite de sábado, tomou sua mente nos últimos dias. Sair sem ela já era estranho, desconfortável, ir para um show, onde jamais foi só? Impossível imaginar, acredite, ele tentou. Também tentou recordar a ultima vez que esteve sozinho em shows, não lembrou. Sua memória não ajudara, pior ainda depois de tanto tempo. Sabia que haviam dois caminhos a seguir, o da "liberdade" de poder fazer o que quisesse, ficar onde bem entendesse, beber o quanto aguentasse. Ou o da solidão, de se sentir só, em meio a tanta gente, de não ouvir nada, em meio a tanto barulho, e saber que em meio a tantos pares de mãos, o único que queria sentir não estaria lá. Dentre esses caminhos, o primeiro, reflete boa parte da sua vida, que consiste em fingir que tudo está bem, e não querer enxergar o que sabe que está errado, a ilusão. No segundo, a aceitação, o processo de sofrimento, ligado ao de mudança, encarar a realidade de como será tudo daqui pra frente, de ver todo mundo, e não vê-la, é estar sozinho, em meio a multidão.
Não é fácil ser o canguru, tentar sorrir e responder "sim" quando perguntam se está tudo bem, tentar fazer piadas "não prontas" nos momentos oportunos. "Só vão saber da minha dor, quando eu não aguentar mais", pensou. Impossível, pois seu abrigo dentro do marsupial forte, imponente, não esconde a tristeza que carrega no olhar.
Pensou que veria duas de suas grandes amigas, duas que sempre a apoiaram, e são mais duas testemunhas de como ele a tratava mal. Pensaria elas que foi bem feito? merecido? que aquele olhar distante, vazio que ele carrega é um fardo justo?. Ou lamentariam? desejariam que fosse diferente? Nunca saberá.
No caminho de volta pra casa do trabalho na sexta-feira, encontrou sua irmã no trem, também voltando, encontro que ocasionalmente acontecia uma ou duas vezes por semana. Junto a ela, uma amiga, desde a época da faculdade, trabalham juntas. O assunto entre elas, é sempre o mesmo: trabalho e casamento. O de sua irmã estava marcado para setembro. Ele foi convidado a padrinho, junto com ela, madrinha. Quieto, e econômico nas palavras, apenas respondia o que lhe era direcionado. Como quando a amiga de sua irmã, o questionou se estava preparado para ser padrinho, respondeu que ainda tinha tempo para estar, a amiga de sua irmã retrucou, dizendo que o tempo passa rápido, e que logo, ele seria cobrado para casar. Ela não sabia, sua irmão não havia lhe falado. Acho que é isso que chamam de gafe. Para ele, dor, forte. O clima pesou, ainda mais.
Na sexta-feira a noite, nada que tentara fazer para esquivar seus pensamentos dela dava resultados, então desistiu de tentar, e colocou para assistir, o filme que ela indicou, quase desistiu quando descobriu o tratamento que o filme abordava, de apagar a pessoa desejada de sua memória, mas resistiu, só pra ver como acabaria, acabou com ele.
Ao menos distraiu-se de tentar contato, ele gostaria muito disso. Pensou que não seria má ideia se ela viesse questionar algo, via mensagem, que seja. Ao menos falaria com ela.
Foi se arrumar para sair, ser novamente o canguru.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
True Love
Sometimes I hate every single stupid word you say
Sometimes I wanna slap you in your whole face
There's no one quite like you
You push all my buttons down
I know life would suck without you
At the same time I wanna hug you
I wanna wrap my hands around your neck
You're an asshole, but I love you
And you make me so mad I ask myself
Why I'm still here, or where could I go?
You're the only love I've ever known
But I hate you
I really hate you, so much
I think it must be
True love, true love
It must be true love
Nothin' else can break my heart like true love
True love, it must be true love
No one else can break my heart like you
Just once try to wrap your little brain around my feelings
Just once please try no to be so mean
Repeat after me now r-o-m-a-n-c-e-e-e
Come on I'll say it slowly (romance)
You can do it babe
At the same time I wanna hug you
I wanna wrap my hands around your neck
You're an asshole, but I love you
And you make me so mad I ask myself
Why I'm still here, or where could I go?
You're the only love I've ever known
But I hate you
I really hate you, so much
I think it must be
True love, true love
It must be true love
Nothin' else can break my heart like true love
True love, it must be true love
No one else can break my heart like you
I think it must be love (I love you)
I think it must be love (I love you)
Why do you rub me up the wrong way?
Why do you say the things that you say?
Sometimes I wonder how we ever came to be
But without you I'm incomplete
Oh, I think it must true love (it must be), true love
It must be true love (it must be)
Nothin' else can break my heart like true love (it must be)
True love, it must be true love (it must be)
No one else can break my heart like you (like you)
No one else can break my heart like you, like you
No one else can break my heart like you
Sometimes I wanna slap you in your whole face
There's no one quite like you
You push all my buttons down
I know life would suck without you
At the same time I wanna hug you
I wanna wrap my hands around your neck
You're an asshole, but I love you
And you make me so mad I ask myself
Why I'm still here, or where could I go?
You're the only love I've ever known
But I hate you
I really hate you, so much
I think it must be
True love, true love
It must be true love
Nothin' else can break my heart like true love
True love, it must be true love
No one else can break my heart like you
Just once try to wrap your little brain around my feelings
Just once please try no to be so mean
Repeat after me now r-o-m-a-n-c-e-e-e
Come on I'll say it slowly (romance)
You can do it babe
At the same time I wanna hug you
I wanna wrap my hands around your neck
You're an asshole, but I love you
And you make me so mad I ask myself
Why I'm still here, or where could I go?
You're the only love I've ever known
But I hate you
I really hate you, so much
I think it must be
True love, true love
It must be true love
Nothin' else can break my heart like true love
True love, it must be true love
No one else can break my heart like you
I think it must be love (I love you)
I think it must be love (I love you)
Why do you rub me up the wrong way?
Why do you say the things that you say?
Sometimes I wonder how we ever came to be
But without you I'm incomplete
Oh, I think it must true love (it must be), true love
It must be true love (it must be)
Nothin' else can break my heart like true love (it must be)
True love, it must be true love (it must be)
No one else can break my heart like you (like you)
No one else can break my heart like you, like you
No one else can break my heart like you
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Ela
Afinal, como ela é, aos olhos dele?
O que teria ela de tão especial, a ponto de criar todas essas sensações nele?
Bom, sem exagero, teríamos de ser detalhista como os livros de J.R.R. Tolkien, mas essas particularidade ele leva no seu coração, e é dele.
Tinha cabelos artificialmente loiros, quando mais nova, tratava-os com mais atenção, teve que abrir mão de alguns cuidados por outras prioridades. Mais recentemente, mudou o estilo, adotando as luzes ao invés de tingimento da raiz às pontas, ficou ainda melhor.
Seu nariz é engraçado, você o nota-o quando a conhece, mas acostuma e vê que não é de se criticar. Uma de suas orelhas possui marca de um piercing que colocará antes de conhece-lo, e decidiu tirar com o tempo, convenhamos, já não era tendencia.
Tem três tatuagens, na coxa, um elefante imponente, robusto e belo, batizado de Marfino, No final do antebraço, oposto ao punho, uma mandala, que deve ter doído horrores, ela jura que nem tanto. Na costela, a frase "Bury all your secrets in my skin", trecho da letra da musica Snuff, do Slipknot, banda favorita dele, desde sempre. Brincava ele que essa ultima era de cadeia, e que tinha coloração verde. Era apenas brincadeira, ela é linda em seu corpo, e a fonte é impecável. Essa ela assume que doeu.
Suas mãos, ele faz uma pausa para tentar senti-la tocar sua pele, sempre que lembra dela, mais macias que o pãozinho egg sponge da Panco, e acredite, o cheiro de sua pele é ainda melhor. Mãos essas que são pequenas, desenhadas com perfeição, "rechonchudas" ideias para dar formas às coxinhas. Devia ser ótima com massinhas de modelar, quando criança.
Sua pele, como dito, tinha seu cheiro próprio, único, um perfume que ampliava quando deitada ao seu lado, principalmente nos dias de frio. Há várias pintas pelo seu corpo, uma até em formato de coração, outras que juntos parecem formar um objeto geométrico, parecidas com as que ele tinha.
Suas coxas são grossas, não exageradas, perfeitas, lindas, com uma textura inexpressável. Até sua canela (sim, acredite) é incrivelmente bonita.
Tem curvas acentuadas, perigosas, rodeadas por paisagens que te fazem perder o rumo, o se encontrar de vez.
Seu alargador deve ter hoje 6mm, considera ideal entre 6 e 10mm, mas mesmo que fossem 4 ou 12mm ainda sim, seria ótimo.
Seus dentes, alinhados por aparelhos, eram pequeninos no tamanho, grandes na beleza. Um canino fugia levemente desse alinhamento, nada demais. Ele sempre comentava, ela sempre negava.
Seus lábios, macios, grossos, sem exagero, que fazem um estrago no coração dele quando de batom vermelho, ou mate bem escuro, apeser de o encantar de qualquer forma. Só sentia-se chateado pois queria beija-la a todo momento, mas assim também coloraria os seus, que são bem menores.
Suas roupas variavam de menina adolescente, a mulher imponente, ele adorava o estilo levemente hippie dela, saia longa, blusinha mostrando seus ombros sutilmente largos, chinelos havaianas, ou até mesmo a sapatilha que ganhara de sua avó.
Um perfume melhor que outro, mas dois, são incomparáveis, com qualquer mulher, de qualquer lugar do mundo. Chanel Nº5, puta que pariu, e o enigmático, clássico e inigualável, Sole mio, de Paris, um misterioso cheiro que, em seu pequeno tapetinho onde ganhou kinder ovos em uma páscoa, pode sentir o cheiro até hoje. Inigualável. Iria à França para presenteá-la, agora que já não há superstição.
Seu quadril era desenhado milimetricamente entre as linhas da perfeição, há quem ache largo, ele? Divino!
Quando bem humorado, e na medida certa, conseguia um sorriso sincero dela, suas bochechas avermelhavam e forçavam suas pálpebras inferiores para cima, deixando espaço apenas para o brilho dos olhos, e quando ria assim, colocava a mão sobre a boca, tentava fazer silêncio, forçava, e fechava os olhos, enquanto presa em seu corpo, a alegria que tentava sair fazia sua barriga vibrar, chegou a derramar lágrimas de tanto rir.
Quando na postura de ataque, preparada para dar murros, cerrava seus punhos e ao invés de apoiar seu polegar no dedo do meio, fazia um "joia" e descia esse polegar como quem aperta um botão, ele amava isso, e sempre reparava.
As vezes sentada no sofá, comia unhas e cotículas, deixando cair vestígios desse mau habito em seu tórax, isso nunca o incomodou, exceto pelo fato que de assim, suas unhas não cresceriam. Hoje, percebe que isso era um exagero.
Adorava quando ela o chamava de "maluco!", quando "brava", lançava um "ah é!" antes do nome dele, isso lembrava muito quando na escola ela estava.
Sempre foi péssima em vídeo game, tem lá seus grandes feitos no Kinect, mas com o Joystick na mão, era o oposto dele, entretanto, não foi assim em todo tipo de jogo. Os de tabuleiro, por exemplo, era surreal sua habilidade. De invejar quaisquer que fora seus oponentes no "imagem & ação", exceto pelos eternizados: touca/toca (onde confundira um ao outro) e Meridiano de Greenwich. Suas habilidades em cartas também eram notáveis, principalmente em Poker. Ele amava ser seu dealer, ver sua dama blefar, ou derrubar cada adversário com uma mão poderosa. As vezes pareciam ter o martelo de Thor, Deus do trovão, apenas com 2 cartas. Era estrategista, mas não muito lógica.
Atenciosa como ele nunca fora. Sempre disposta a ajudar sem esperar algo em troca, carinhosa, talvez alguns pontos percentuais a menos que ele, talvez. Preocupada com o meio ambiente, assim como ele. Amadora feroz dos animais, sim, muito. Um exagero conveniente.
Artista, dotada de um talento criativo encantador, resolveu mais rápido que o tempo de preparo de um miojo, o nome de uma coruja da campanha publicitária do trabalho dele, o Sabino. Foi escolhido com votação unanime, aliás. Dona de desenhos que sempre tirou seu folego, suas criações de rostos com cílios exagerados no tamanho e na beleza, sempre o faziam pensar "é disso que eu estou falando". Seu sucesso é questão de tempo. Na mesa do computador dele, há um par de olhos desenhados num pequeno pedaço de papel, dizendo: "I can't take my eyes of u", um rabisco encantador, mais um, por sinal.
Ainda há muito conteúdo sobre ela, que o guardará em seu coração.
Mas quis citar apenas mais um.
Não precisam ser azuis ou verdes pra chamar a atenção, precisam ser belos, e transmitir os seus mais diversos pensamentos, tem que penetrar, através da janela da alma de outra pessoa, faze-lo sentir onde sua espinha termina.
Seus olhos são o que de mais excepcional seu corpo tem, castanhos escuros, grandes, brilhantes e fatais. Ampliado era sua beleza quando contra a forte luz, ou a escuridão, curiosamente esse brilho era incrível em ambas situações. Seus olhos sempre transmitiram variadas energias, na maioria delas, o fortaleceu. Porém nas ultimas, o estremeceu.
Tem claro em sua cabeça cada detalhe do corpo dela, suas imperfeições que equilibravam, e o fazia lembrar de que ela é uma mortal, não de fato uma Deusa. Pode vê-la quando fecha os olhos, com pouca concentração, sente seu cheiro, mas não seu toque. Não sentiria mais.
Mucho gusto
Três anos atrás, Buenos Aires, Argentina, Hotel Two, duas quadras da avenida 9 de julho, a principal da capital, era tido por eles como "nossa casa", os abrigou por noites incríveis, os deu onde descansar depois de um sonho dele realizado, aliás mais um, o Hard Rock Café, onde ela conheceu Mariano, um barman guapo, onde comeram as melhores coxas de frango on the barbie de todos os tempos, onde assistiram, no balcão do bar, o primeiro El clássico do ano, Boca x River, vencido pelos "millionarios", que era a preferência dele. Ouviram de Bob Marley a Metallica, tomaram Quilmes, drinks exóticos, o dela numa taça longa, bem viril, o dele numa taça de Martini, com uma cereja, acreditaram que estavam trocados, mas não. Tiraram fotos clichês de turista (as guarda até hoje), e foi maravilhosamente agradável, voltaram pra casa embriagados, de táxi, sem lembrar o endereço do hotel, mas segundo as crenças, Deus olha pelas crianças e bêbados, chegaram bem à "sua casa".
Um translado pela cidade, passando pelo místico estádio de La bombonera, parando na casa rosada, próxima a igreja de Buenos Aires, de onde saiu o atual Papa, na faculdade de direito da cidade, foto clichês na flor metálica. O famoso e histórico Caminito, berço da tradicional dança de tango. A arquitetura européia, era de arregalar aqueles belos olhos. Na volta, antes do desembarque na feirinha tradicional, onde compraram souvenires pra amigos e familiares, foram lhe oferecidos uma montagem de ambos, como dançarinos de tango, não pensou e aceitou a oferta 100 pesos argentinos, menos de R$20,00, muito bem pagos por sinal, uma moldura que levara para sempre consigo, junto com um CD, contendo as mais famosas canções nacionais que embalavam aquela dança que artificialmente dançavam, a frente do Caminito. Voltaremos a falar dessa foto mais pra frente, pois agora seguimos com eles de van para Luján, cidade ao lado, famosa por seu polêmico zoológico, onde se podia entrar em jaulas de felinos, acaricia-los, bem como dromedários e elefantes, lhamas e por que não pôneis. Cada fila era uma ansiedade, pois criava um medo que antes não havia, pelo menos ele sentia-se assim, mas não poderia demonstrar, tinha que ser forte para ela não desistir, precisava mostrar que sua mão estava ali para ser segurada, e havia de ter firmeza. As 14h foram visitar um tigre branco, sua Tatuagem chamou a atenção dos tratadores, um elefante perfeito, na coxa, desenhado por um peruano que atua no Brasil, pensou como tinha sorte de namorar com aquela dama. Na jaula do leão, onde já haviam passado, ele conseguiu leite, numa garrafa de 600ml de Coca cola, e deu na boca do rei da savana, ficou paralisado com a beleza do animal, devia ter oferecido a oportunidade a sua amada, mas ela o fez antes de ele sair daquele transe, e tomou para si a garrafa e aquele momento histórico. Nada vai apagar, nada vai faze-lo esquecer os momentos naquele zoo, com ela, com os animais, com ela. Ela.
Tomaram sorvete de doce de leite no McDonald’s, comeram num restaurante chamado Flórida, o famoso bife de chorizo, com um molho estilo vinagrete com chimichurri cuja receita permanece um mistério entre eles até hoje. Tomaram a mundialmente famosa cerveja mexicana Corona pela primeira vez, foram ao mercado, compraram Carlsberg, coca cola da lata verde, que chegaria ao Brasil tempos depois, assim como a batata Lay’s.
Falavam em morar naquele país, onde era tudo diferente apesar de similar, olhar aquele obelisco ao lado dela todo dia não seria nenhum sacrifício, seria um prazer diário. Andaram bastante pela cidade, viram muita coisa, mas há mais a ser visto.
A cidade de Buenos Aires na Argentina, tem uma beleza única, inspirada nos seus colonizadores em cultura e arquitetura. As pessoas são fechadas, porém educadas, você respira a história que ela exala a cada esquina, é incrível. Impossível qualquer pessoa que tenha visitado e não tenha se sentido encantado, porém, de todos os turistas que por lá passaram ele foi o único que teve algo que deixasse tudo ainda mais incrível, toda beleza foi amplificada, até no simples ato de atravessar a rua. A sua mulher, sua dama, seu porto seguro, fez com que tudo fosse melhor, tudo fosse ainda melhor.
Três anos depois, olha pra foto na moldura e se sente vazio, sujo, como poderia ter aberto mão daquilo, como pode deixar que alguém que o fazia tão bem, esteja se sentindo tão mal? Como ousa? Tentou tirar de sua vista tudo que o fizera sofrer com lembranças, desistiu rapidamente, pois para não lembrar, teria que não existir, somente assim. Deixou as fotos onde estão, e as deixará, junto com os bilhetes colados ao fundo do guarda roupas, como a muda de cabelo que ela deu a ele, muda essa que era de teste de coloração. Ao menos nas fotos, pode vê-la sorrir, alias, que belo sorriso. Pode ainda ver a si mesmo, como um homem bom, puro, amoroso, o que não era nem sobra daquele que foi na reta final da faculdade. Hoje, indigna-se com o destrato de um casal, principalmente aqueles que ele cometeu. Como pode estar tão cego, a ponto de cometer tais erros?
Está em processo pra ser um homem ainda melhor que fora, para que se um dia tiver que acontecer, Buenos Aires possa recebe-los ainda melhor.
Sente falta dela, cada dia mais.
Um translado pela cidade, passando pelo místico estádio de La bombonera, parando na casa rosada, próxima a igreja de Buenos Aires, de onde saiu o atual Papa, na faculdade de direito da cidade, foto clichês na flor metálica. O famoso e histórico Caminito, berço da tradicional dança de tango. A arquitetura européia, era de arregalar aqueles belos olhos. Na volta, antes do desembarque na feirinha tradicional, onde compraram souvenires pra amigos e familiares, foram lhe oferecidos uma montagem de ambos, como dançarinos de tango, não pensou e aceitou a oferta 100 pesos argentinos, menos de R$20,00, muito bem pagos por sinal, uma moldura que levara para sempre consigo, junto com um CD, contendo as mais famosas canções nacionais que embalavam aquela dança que artificialmente dançavam, a frente do Caminito. Voltaremos a falar dessa foto mais pra frente, pois agora seguimos com eles de van para Luján, cidade ao lado, famosa por seu polêmico zoológico, onde se podia entrar em jaulas de felinos, acaricia-los, bem como dromedários e elefantes, lhamas e por que não pôneis. Cada fila era uma ansiedade, pois criava um medo que antes não havia, pelo menos ele sentia-se assim, mas não poderia demonstrar, tinha que ser forte para ela não desistir, precisava mostrar que sua mão estava ali para ser segurada, e havia de ter firmeza. As 14h foram visitar um tigre branco, sua Tatuagem chamou a atenção dos tratadores, um elefante perfeito, na coxa, desenhado por um peruano que atua no Brasil, pensou como tinha sorte de namorar com aquela dama. Na jaula do leão, onde já haviam passado, ele conseguiu leite, numa garrafa de 600ml de Coca cola, e deu na boca do rei da savana, ficou paralisado com a beleza do animal, devia ter oferecido a oportunidade a sua amada, mas ela o fez antes de ele sair daquele transe, e tomou para si a garrafa e aquele momento histórico. Nada vai apagar, nada vai faze-lo esquecer os momentos naquele zoo, com ela, com os animais, com ela. Ela.
Tomaram sorvete de doce de leite no McDonald’s, comeram num restaurante chamado Flórida, o famoso bife de chorizo, com um molho estilo vinagrete com chimichurri cuja receita permanece um mistério entre eles até hoje. Tomaram a mundialmente famosa cerveja mexicana Corona pela primeira vez, foram ao mercado, compraram Carlsberg, coca cola da lata verde, que chegaria ao Brasil tempos depois, assim como a batata Lay’s.
Falavam em morar naquele país, onde era tudo diferente apesar de similar, olhar aquele obelisco ao lado dela todo dia não seria nenhum sacrifício, seria um prazer diário. Andaram bastante pela cidade, viram muita coisa, mas há mais a ser visto.
A cidade de Buenos Aires na Argentina, tem uma beleza única, inspirada nos seus colonizadores em cultura e arquitetura. As pessoas são fechadas, porém educadas, você respira a história que ela exala a cada esquina, é incrível. Impossível qualquer pessoa que tenha visitado e não tenha se sentido encantado, porém, de todos os turistas que por lá passaram ele foi o único que teve algo que deixasse tudo ainda mais incrível, toda beleza foi amplificada, até no simples ato de atravessar a rua. A sua mulher, sua dama, seu porto seguro, fez com que tudo fosse melhor, tudo fosse ainda melhor.
Três anos depois, olha pra foto na moldura e se sente vazio, sujo, como poderia ter aberto mão daquilo, como pode deixar que alguém que o fazia tão bem, esteja se sentindo tão mal? Como ousa? Tentou tirar de sua vista tudo que o fizera sofrer com lembranças, desistiu rapidamente, pois para não lembrar, teria que não existir, somente assim. Deixou as fotos onde estão, e as deixará, junto com os bilhetes colados ao fundo do guarda roupas, como a muda de cabelo que ela deu a ele, muda essa que era de teste de coloração. Ao menos nas fotos, pode vê-la sorrir, alias, que belo sorriso. Pode ainda ver a si mesmo, como um homem bom, puro, amoroso, o que não era nem sobra daquele que foi na reta final da faculdade. Hoje, indigna-se com o destrato de um casal, principalmente aqueles que ele cometeu. Como pode estar tão cego, a ponto de cometer tais erros?
Está em processo pra ser um homem ainda melhor que fora, para que se um dia tiver que acontecer, Buenos Aires possa recebe-los ainda melhor.
Sente falta dela, cada dia mais.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
A despedida de um símbolo
Logo após o dia em que tudo mudou, decidiu guardar a evolução daquilo que os fez tocar os lábios a primeira vez. Sentiu necessidade de revê-lo e usufruí-lo pouco antes do dia vinte e três de Janeiro, a terceira data mais importante de sua vida. Ficava atrás apenas de seu próprio nascimento, pois obviamente sem estar vivo, não seria possível conhece-lá, e também pelo nascimento dela, logicamente pelo mesmo motivo de seu próprio principio, e por considerar seu próprio aniversário, a alegria nessas datas era a mesma. Com isso a terceira data mais importante de sua vida, a convergência entre ambas as almas, que começou no dia vinte e dois/vinte e nove (data a ser discutida) de Novembro de dois mil e nove, e foi selada, aproximadamente dois meses depois, em vinte e três de Janeiro de dois mil e dez.
A evolução desse símbolo foi constante, partindo de um chinês de baixíssimo custo, com matéria prima barata (do qual guarda com carinho até hoje), até um egípcio feito a mão, de alto padrão, com seus acessórios seguindo essa evolução, um a um, até chegar ao ponto ideal, na visão deles. houveram outros entre essas extremidades de desenvolvimento desse ícone.
Hoje, esse signo, voltou a repousar, limpo como nunca estivera nos últimos anos, solitário, como jamais se viu, guardado junto a uns jogos de tabuleiro que deviam ter sido mais usado, e não foi possível por sua culpa.
Foi mais um momento de dor imensurável, ter que abrir mão de algo que sempre os fizera tão bem, que sempre os consolou nos momentos de dor, que sempre foi a cereja do bolo que a felicidade trazia, e que também era simplesmente algo casual, como um acompanhamento de um filme que juntos viam.
Era o momento de colocar algumas coisas onde deviam estar, afastar de si, aquilo que ele fez com a desunião de suas vidas, deixar descansar, revitalizar. Quem sabe um dia, eles e seu grande símbolo, sua marca, seu signo, possam estar juntos mais uma vez... Quem sabe....
A evolução desse símbolo foi constante, partindo de um chinês de baixíssimo custo, com matéria prima barata (do qual guarda com carinho até hoje), até um egípcio feito a mão, de alto padrão, com seus acessórios seguindo essa evolução, um a um, até chegar ao ponto ideal, na visão deles. houveram outros entre essas extremidades de desenvolvimento desse ícone.
Hoje, esse signo, voltou a repousar, limpo como nunca estivera nos últimos anos, solitário, como jamais se viu, guardado junto a uns jogos de tabuleiro que deviam ter sido mais usado, e não foi possível por sua culpa.
Foi mais um momento de dor imensurável, ter que abrir mão de algo que sempre os fizera tão bem, que sempre os consolou nos momentos de dor, que sempre foi a cereja do bolo que a felicidade trazia, e que também era simplesmente algo casual, como um acompanhamento de um filme que juntos viam.
Era o momento de colocar algumas coisas onde deviam estar, afastar de si, aquilo que ele fez com a desunião de suas vidas, deixar descansar, revitalizar. Quem sabe um dia, eles e seu grande símbolo, sua marca, seu signo, possam estar juntos mais uma vez... Quem sabe....
O tempo
Engraçado como pensamos a respeito do tempo. Nosso sentimento com relação a ele é totalmente desequilibrado, somos egoístas a ponto de achar que ele deve trabalhar somente ao nosso favor, quando na verdade ele o faz, mas sabe qual a real necessidade de passar devagar ou rápido demais, somos nós que estamos equivocados.Ele acordou e, como todos os dias, parou por um instante para separar o que era real, do que era de sua vontade. Consegue em poucos segundos realizar esse filtro, e quando o faz, sente dor. É preciso realizar esse procedimento todos os dia, pois acorda tão atordoado que necessita de um tempo pra se equilibrar. Acorda frequentemente durante seu "sono", as vezes demora para conseguir voltar a dormir, sempre que acontece isso, lembra de palavras que ouviu dela. Da forma como ele se sentia, o que ela pensava dele, o que estava fazendo para melhorar suas vidas, etc... Eram vários os assuntos. Não conseguia sentir raiva de ninguém, se não de si mesmo. Ele era seu maior vilão.
Sabia que essa rotina amarga ainda duraria por um tempo. Sim, voltamos a falar nele, o tempo. Queria poder acelerar seus dias, queria que durasse menos que uma partida casual de Rainbow Six Siege com placar perfeito de 3 a 0. Queria que o tempo trabalhasse ao seu favor, para viver mais dias com menos dor. Mas não é assim que a banda toca. O tempo sabe o que e como fazer, traz a medida exata de dor, a cada dia, para que ele se lembre da lição que foi aprendida, aliás, são várias lições. Não gostaria que ninguém, até mesmo aquele que tem menos afinidade, criasse esse mundo sombrio que ele criou, pois isso afeta a muito mais pessoas que somente seu criador.
Vive dias de instabilidade com as ações do tempo, mas no geral entende a importância que tem saber esperar enquanto faz, dessa vez sim, o certo. Está sofrendo, está secando com o atrito do seu próprio coração, a lenha úmida que mantem a chama da esperança acesa, vai esperar que o tempo se encarregue de trazer visibilidade ao caminho que é escuro, barulhento e doloroso, a curto, médio ou longo prazo, não importa, ele vai esperar conseguir enxergar, e tem expectação de que seja aquela que ele vê em tudo, a cada segundo. Ele a ama, e vai esperá-la.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
Lembranças
Se estivessem juntos, hoje comemorariam 7 anos de namoro. 23 de janeiro, pouco antes do aniversário da cidade, era uma data onde se havia muito o que comemorar, a cada ano, e na maioria delas, passavam no restaurante favorito deles, sentiu saudades. Eram inevitáveis as lembranças maravilhosas, que hoje traziam consigo a dor de não poder continuar escrevendo essa história, que começou impressionantemente bem, seguiu assim por um bom tempo. Pensara que não queria viver 7 dias com outra pessoa, tampouco 7 anos, queria dedicar os próximos 70 à ela, a curar suas feridas, a recuperar o tempo que gastou tratando-a como não merecia, mas sabia que antes disso, precisava estar preparado, era necessário manter seus processos, suas atitudes sua mudança, seu acompanhamento psicológico, com ou sem ela, e infelizmente a segunda hipótese é imensamente mais provável. Mudar para si, ser um homem melhor para ele mesmo, era o que revezava seus pensamentos, obviamente com ela, ambos não saíam de sua cabeça o dia inteiro. Sentiu saudade dela, de sua mão na mão dele, de seu abraço, do calor do seu corpo, novamente do cheiro da sua pele. Sentiu falta de comida mexicana. Sente falta de tudo.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
Toda sexta é 13
Chegara o dia, novamente. A cada 7, ele chegava, e acompanhado por mais dois, o chamado final de semana. Não falara com ela há dias, não sabia como estava, o que sentia. Estaria ela, conseguindo dormir melhor, comer? Não sabia, mas queria. Era sexta, que os viam ininterruptamente até pouco antes do início da semana, era na sexta que, não por preguiça, levantava da cama pensando em quando pra lá voltar, dormir envolvido no calor dos seus braços, o cheiro da sua pele, que era indescritivel, não saira da sua cabeça, e jamais sairá. Chovia lá fora, imaginava como seria a noite, com o barulho das gotas se chocando ao teto, enquanto sentia sua respiração contra seu corpo. Pensou que não há ninguém mais que o faria sentir tudo que sentia, enquanto lembrava das sextas-feiras dos últimos (quase) 7 anos. Nem todas foram assim, mas o suficiente pra tornar toda sexta, a sexta deles. Não importa como o dia tenha sido, ele terminaria e começaria mais um, enquanto eram o abrigo no abraço um do outro. Sua saudade, até das coisas mais simples, era cada dia mais próximo ao insuportável, e aumentava a dor a cada dia antes do sábado.
Sempre achou os dias de chuva de uma beleza notável, não hoje, que parecia o céu, derramar lágrimas à sua cabeça, como quem compartilha da sua dor. O dia começou sombrio, novamente. Terminaria ele melhor
Sempre achou os dias de chuva de uma beleza notável, não hoje, que parecia o céu, derramar lágrimas à sua cabeça, como quem compartilha da sua dor. O dia começou sombrio, novamente. Terminaria ele melhor
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Culpa
Sabia que a culpa era dele, que em nenhum momento deveria jogar, sequer, parte desse peso mãos de alguém. Pensava todos os dias no porquê fizera tudo até chegar onde está, e jamais encontrou um motivo próximo ao lógico, nada além do irracional, sabia também que esse tipo de pensamento não ajudava em nada, seu processo de mudança deveria continuar, seguiu seu dia, e sabia que a sexta-feira estava chegando, e quando o sol dela se pôr, a dor amplificaria, precisava estar preparado, não sabia como. Na última, não resistiu e ligou, precisava ser forte, mas também não sabia como, não fazia idéia como conseguir lutar contra a vontade de ao menos saber que ela visualizou uma mensagem, ela, seu amor maior, sua fonte de forças, sua firmeza nos pés que o evitara de cair. Pressentiu que os próximos dias, seriam ainda mais difíceis.
O que estaria ela fazendo?
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Árvores
Vivem por até milênios;Percebera que seu amor por ela, era como são as árvores.
Não param de crescer enquanto vivas, mesmo que cortadas;
Formam raizes fortes e profundas.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Lhe sobrou apenas si mesmo
Chegou em
casa, com calor e desanimo. Subiu para tomar um banho, não sem antes pegar a
maquina de cortar cabelo, decidiu faze-lo sozinho, ela era responsável por
isso. Fazia com louvor, de uma forma que ele se sentisse confortável.
Odiava
cabelereiro, então, mais uma vez, lhe sobrou apenas si mesmo. Tirou parte do
comprimento com uma tesoura parcialmente cega, adicionando mais dificuldade ao
que já não era fácil. Ao terminar, olhou no espelho, não se importou com o que
viu, sua aparência já não era algo com o que se preocupar. Passou a mão para
sentir a diferença, viu que a parte da nuca, dispunha de fios maiores que
acima, novamente tratou com desdém.
Recebeu
uma mensagem de um bom e velho amigo, cobrando a visita na hamburgueria que
marcara ano passado, contou-lhe o ocorrido e foi chamado para conversar. “Seria
esse o verdadeiro amigo, aquele em que posso confiar?”, pensou, “Talvez não”,
retrucou então. Preferira desabafar com alguém que profissionalmente saiba
ajudar, entrou em contato com um consultório, sua ajuda começa na próxima
terça. Entrou em contato então com um estúdio de tatuagem, agendou uma sessão
para marcar na sua pele, o que havia prometido a ela, algo par nunca esquecer,
algo pra marcar a mudança de suas atitudes para com seu amor. Mesmo, agora sem um, sem o maior, sem o único, quis faze-lo, para
si, mais uma vez, lhe sobrou apenas si mesmo.
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